Diego Alves Correa, São Paulo (SP)
Isso ocorre por conta do aumento da temperatura dos pneus. Quanto maior a velocidade, maior será o aquecimento. Conforme o pneu aquece, o ar interno também aquece e expande, alterando a pressão.
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“Dessa forma, para se alcançar a pressão desejada, quando o veículo trafegar em velocidades mais altas, a pressão inicial dos pneus ainda frios deverá ser menor”, afirma o gerente de produtos Fabrio Magliano, da Pirelli. Todas essas variações devem ser respeitadas pelo condutor com as determinações do fabricante do veículo.
De acordo com a literatura, pneu frio é aquele que não rodou nas últimas quatro horas. A temperatura-padrão para medição da pressão do pneu é de 21° C.
Se a temperatura do pneu for outra, é possível corrigir a pressão que foi medida, o que pode ser feito por meio de uma fórmula específica, usando-se o valor da temperatura em Kelvin (lembre-se de que 0° C = 273,15 K).
Veja abaixo um exemplo de como calibrar um pneu com pressão recomendada pelo fabricante de 25 psi quando a temperatura do pneu está em 35° C:
Temperatura padrão: 21°C = (21 + 273,15) = 294,15 K = T1
Temperatura medida: 35° C = (35 + 273,15) = 308,15 K = T2
A fórmula é: (P1 x T2) / T1
Portanto teremos: (25 x 308,15) / 294,15 = 26,2 psi
Ou seja, a 35° C devemos calibrar o pneu com 26,2 psi para que a pressão seja equivalente às 25 psi recomendadas pelo manual a 21° C.
Em carros com monitor de pressão dos pneus ativo, com sensores independentes em cada roda, essa variação pode notada com facilidade. Em alguns modelos a tolerância da variação é tão alta que uma ampla variação de temperatura pode ativar um alerta de pressão incorreta