Desde o dia 1º de julho, caminhoneiros fazem manifestações em nove estados brasileiros. Ao todo, 22 rodovias foram paralisadas por membros do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC). A intenção deles é continuar com manifestações até esta quinta-feira.
Em cada estado, as reivindicações variam e as pautas vão desde isenção de pedágios para a categoria até criação de uma secretaria nacional do transporte rodoviário. Em São Paulo, os principais pontos dos protestos se referem à Lei do Caminhoneiro, que regula a jornada dos caminhoneiros e torna obrigatório um descanso de 11 horas depois da jornada de trabalho – tempo que os profissionais consideram ser exagerado.
Outra questão, no estado, é a da proposta de Geraldo Alckmin para voltar a cobrar pedágios por eixos suspensos dos veículos. A cobrança deveria começar a valer desde ontem, mas foi adiada e não há data prevista para que ela ocorra. Com essa determinação, caminhoneiros passariam a pagar pedágios por todos os eixos, mesmo quando estivessem viajando sem carga.
A cobrança havia sido anunciada como parte do pacote do governo que congelou as tarifas dos pedágios para todos os veículos, inclusive caminhões. Com isso, o governo passa a abrir mão de uma receita anual próxima de R$ 400 milhões, valor que seria parcialmente coberto, segundo o estado, pela cobrança por eixos.
O reajuste previsto aos pedágios, que chegam a custar mais de R$ 20 em alguns trechos, era de 6,5%. Confira abaixo os trechos com os pedágios com o preço mais elevado do estado.
Estrada Pedágio Tarifa-passeio Tarifa comercial para ônibus e caminhões com dois eixos
Anchieta Riacho Grande R$ 21,20 R$ 42,40 Imigrantes Piratininga R$ 21,20 R$ 42,40 Washington Luís Araraquara R$ 12,90 R$ 25,80 Washington Luís Catinguá R$ 12,20 R$ 24,40 Antônio Machado Sant’Ana Guatapará R$ 11,50 R$ 23 Anhanguera Ituverava R$ 10,70 R$ 21,40 Eng. Ermênio de Oliveira Penteado Indaiatuba R$ 10,50 R$ 21 Carlos Tonnani Jaboticabal R$ 10,40 R$ 20,80 Presidente Castello Branco Itatinga R$ 10,30 R$ 20,60