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Autodefesa: Fiat Toro e Jeep Renegade e a carbonização no motor diesel

Proprietários de carros Stellantis, equipados com o motor Multijet 2.0 diesel, reclamam da carbonização que afeta modelos que rodam no trânsito das cidades

Por Waldez Carmo Amorim
Atualizado em 28 ago 2024, 12h00 - Publicado em 28 ago 2024, 11h00
Oficina Autodefesa 2.0 Multijet Diesel
Veículos afetados perdem rendimento (Acervo Pessoal/Quatro Rodas)
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Proprietários de Fiat Toro e Jeep Renegade, equipados com o motor 2.0 Multijet diesel, se queixam de carbonização no sistema de admissão, o que provoca perda de desempenho e aumento do consumo. Este é o caso da Toro Ranch 2021, com 50.000 km rodados, do dentista Antônio Azevedo Neto, de São José dos Campos (SP).

“Algumas vezes, não passava de 20 km/h nas subidas”, afirma Antônio, lembrando que nessa hora aparecia uma mensagem no painel mandando verificar o motor. “Na oficina identificou-se a necessidade de se fazer a descarbonização e o veículo ficou melhor.”

Oficina Autodefesa 2.0 Multijet Diesel
Carbono é uma massa escura, seca ou úmida, que se acumula no interior dos motores, prejudicando seu funcionamento (Acervo Pessoal/Quatro Rodas)

No canal da Autoelétrica Lazarotto, encontramos o advogado Maykel Soares Leite, de Anchieta (SC), dono de uma Toro Volcano 2.0 diesel 2017, com o mesmo problema.

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O engenheiro mecânico André De Maria, do Autocentro Confiar, de Belo Horizonte (MG), conta que está acostumado a atender uma média de três carros por semana com o problema de carbonização excessiva da admissão.

Oficina Autodefesa 2.0 Multijet Diesel
(Acervo Pessoal/Quatro Rodas)
Oficina Autodefesa 2.0 Multijet Diesel
(Acervo Pessoal/Quatro Rodas)
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“Atendemos uma Fiat Toro com 24.000 km, mas o comum é que seja a partir de 40.000 quilômetros rodados. No checklist, fizemos inspeção do sensor MAP (responsável pela pressão e temperatura do ar admitido) da válvula borboleta e, com boroscópio (sonda com câmera na ponta que permite, por meio de uma tela, ver o motor por dentro, sem a necessidade de abrir), constatamos carbonização excessiva em cima das válvulas de admissão”, conta André.           

A carbonização é percebida como uma espessa capa de carvão, podendo ser seca ou úmida, lembrando piche. A remoção do carvão dura em média três dias e custa a partir de R$ 9.800, incluindo troca da correia de sincronismo do motor, a bomba d’água, limpeza do sistema de arrefecimento e de toda a admissão, incluindo EGR, borboleta, admissão e as válvulas de admissão do cabeçote, com jateamento de casca de nozes”, explica André.

Oficina Autodefesa 2.0 Multijet Diesel
(Acervo Pessoal/Quatro Rodas)
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Procurada, a Fiat diz que não identificou registros de casos como os relatados em seu serviço de atendimento aos clientes. E esclareceu que o acúmulo de resíduos é passível de ocorrer ao longo da vida útil dos motores, podendo ser agravado por ausência de manutenção adequada e uso de combustíveis de má qualidade ou fora das especificações técnicas.

O povo reclama

“Após os serviços, o veículo ficou com a aceleração mais linear, trocas de marchas mais suaves e o consumo melhorou.”
Dono de um Renegade Sport 2015, Niterói (RJ), que pediu para não ser identificado

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“Meu carro entrou em modo de emergência, acendeu a luz de injeção e a do DPF. Terei de descarbonizar a válvula EGR e todo o coletor de admissão.”
Victor Hugo Salvadori Fagundes, engenheiro, Londrina (PR), dono de Toro Freedom 2016

“Infelizmente, eu tive o problema de carbonização da admissão, válvula EGR e tive de fazer o remap.”
Dono de uma Toro Freedom diesel 2016, Itapetininga (SP), que pediu para não ser identificado

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