Rogério Magalhães da Silva, São Bernardo do Campo (SP)
A baixa temperatura, próxima à de congelamento da água, traz uma série de solicitações adicionais para a operação de todos os mecanismos de um veículo. Por isso, consultamos o especialista Erwin Franieck, diretor do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação SAE4Mobility.
O engenheiro começa alertando que borrachas de vedação das portas, líquidos de arrefecimento e óleos em geral ficam mais grossos e, portanto, com propriedades lubrificantes de menor fluidez.
A condensação de água nos óleos é outro agravante que, se acumulada, decanta e solidifica, gerando problemas da primeira partida pela manhã. Aliás, essa primeira partida deve ser feita com algum cerimonial para temperaturas muito abaixo de zero.
“Ainda mais no Brasil, onde isso é muito raro”, diz. Já os sistemas com aquecimento de combustível precisam de alguns poucos segundos para levar o combustível, principalmente o álcool, a uma temperatura em que possa ser ativado pela centelha da vela.
E o uso de anticongelantes específicos nos líquidos de arrefecimento e limpadores de para-brisa são fundamentais para quem corre o risco de amanhecer congelado. Os pneus não devem sofrer com baixas temperaturas, o problema deve ser o contrário, a alta temperatura traz um maior desgaste do pneu.