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Correio Técnico: motocicletas usam cânister, como nos carros?

Características distintas dos veículos de duas rodas não necessariamente os isentam de usar itens para reduzir a poluição

Por Rodrigo Ribeiro
Atualizado em 30 jun 2021, 16h16 - Publicado em 24 set 2019, 07h00
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  • Honda Africa Twin Adventure Sports
    Motos de grande cilindrada já usam cânister e outros recursos anti-poluição (Divulgação/Honda)

    Motocicletas precisam de cânister? – Felipe Casarini, Cuiabá (MT)

    Sim, mas esse equipamento, um filtro de carvão ativo que evita a saída do combustível evaporado do tanque para a atmosfera, é mais comum nas motos de maior cilindrada.

    Por serem leves, as motocicletas precisam de motores menores, que, por consequência, poluem menos.

    É por esse motivo que recursos de redução de consumo e emissões, como injeção eletrônica, catalisador e cânister, demoram mais a ser implementados nas motos.

    Vale destacar que as motocicletas precisam atender à mesma legislação antipoluição que rege os automóveis e que o aumento gradual das exigências de emissões também ocorre com os veículos de duas rodas.

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    Por isso, motos como a Honda CRF Africa Twin, com motor 1.0, já contam com esse recurso.

    No controle

    Continental
    Os freios ABS das motos precisam ser projetados para não prejudicar as curvas (Continental/Divulgação)

    Mas há diversos aspectos técnicos em que as motos diferem dos veículos. O controle de estabilidade convencional, por exemplo, não pode ser aplicado nas motocicletas, ainda que elas possam usar controle de tração, ABS e até airbag.

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    A principal diferença é que os motociclistas alteram o balanço de freio entre os eixos da moto para otimizar a dinâmica dela em frenagens e curvas.

    Como o carro tem na maior parte do tempo quatro pontos de apoio, é possível deixar esse ajuste para a eletrônica (ou válvulas equalizadoras em modelos mais antigos).

    Naturalmente que isso impede uma moto com controlador de velocidade adaptativo e qualquer outro sistema de condução semi-autônoma.

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    Isso não significa que as motos vão ficar paradas no tempo: já há tecnologias capazes de fazer com que uma moto se mantenha sempre equilibrada, reduzindo o risco de quedas em paradas.

    Esses sistemas ainda estão em desenvolvimento, mas podem ser aplicados a médio prazo nos modelos de produção.

    Tem outras dúvidas? Envie sua pergunta para correiotecnico@abril.com.br!

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