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Dicas milionárias para você conservar seu carro

Quem melhor para ensinar você a cuidar do carro do que Irv Gordon, que rodou com seu Volvo 1966 mais de 5.000.000 km?

Por Gustavo Henrique Ruffo
Atualizado em 16 ago 2021, 00h54 - Publicado em 11 dez 2015, 21h28
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  • Irv Gordon
    (Reprodução/Internet)

    Cuidar da manutenção do seu carro para ele parecer sempre novo é questão de carinho. É assim que se pode resumir as dicas que pegamos com Irv Gordon, um professor de ciências americano aposentado que ficou conhecido no mundo inteiro por ser o dono de um belo Volvo P1800 1966 que já rodou mais de 4,8 milhões de quilômetros.

    Se pudesse voar, o cupê sueco teria ido à Lua e voltado seis vezes com essa quilometragem. Ele conta agora os segredos que para deixar seu automóvel com fôlego de novo por muitos e muitos anos.

    1. Motor

    “Sigo as recomendações do manual e parece ter dado certo até agora”, diz Gordon, brincando. Além do óleo, ele sempre troca o filtro junto. Antes de dirigir, o americano deixa o motor esquentar por cerca de 2 minutos antes de sair.

    Em carros modernos, não existe a mesma exigência, mas a recomendação de especialistas é que só se force o motor, com acelerações mais vigorosas, após a temperatura ideal de trabalho ter sido atingida. Ou seja, vale esperar os 2 minutos. “No inverno, espero até um pouco mais para que o fluido da transmissão também se aqueça.”

    Para checar os nível de óleo, água do radiador e de outros fluidos, Gordon tem diferentes recomendações, dependendo do veículo. “Se for antigo, como o meu P1800, o óleo desce rapidamente para o cárter, então não faz muita diferença checar em casa ou no posto. Se for um motor moderno, como o do C70 que a Volvo me deu em 2002, o lubrificante demora mais de 2 horas para drenar até o nível mais baixo. Neste caso, há o risco de colocar óleo demais se não deixar o carro parado por todo esse tempo antes de checar o nível.”

    2. Carroceria

    “Meu Volvo ficou na rua pelos últimos 47 anos”, diz Gordon, que mora a dois quarteirões do Oceano Pacífico. Para protegê-lo da maresia, ele próprio lava e encera o veículo.

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    “Faço isso regularmente. Lavo a parte inferior com água quente para manter os buracos de drenagem da carroceria livres de areia e outros detritos. Sempre lavo à mão, pois assim posso ver algum problema na pintura ou lataria antes que ele se agrave.”

    Vermelho, seu cupê mantém a pintura original até hoje. O segredo, segundo Gordon, é apenas água, sabão e cera. “Ele é constantemente lavado e encerado. Assim, o sol não tem chance de oxidar a pintura ou estragar o verniz.”

    3. Vidros

    Gordon não toma nenhum cuidado específico para preservar palhetas ou os vidros, a não ser um: “Eu uso um líquido repelente de água nos vidros. Assim eu raramente preciso ligar os limpadores. Minhas palhetas, sempre compradas em concessionária, parecem durar por muitos anos.”

    O para-brisa não tem a mesma sorte. “Como eu viajo muito, tenho de trocá-lo a cada dois ou três anos devido a pedriscos e tempestades de areia no oeste dos Estados Unidos.”

    Irv Gordon
    (Reprodução/Internet)
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    4. Abastecimento

    Como vive nos EUA, Gordon tem uma sorte que não temos: ele mesmo pode abastecer. “Sempre encho o tanque, para não ficar parando no posto mais que o necessário, e nunca deixo alguém fazer por mim. A maior parte dos frentistas arranha a área em torno do bocal.”

    No nosso caso, a dica é ficar pertinho do frentista enquanto ele abastece – e pedir para deixar que a bomba pare sozinha. O risco de encher até a boca é entupir o cânister, um filtro que recebe os gases de evaporação do tanque.

    Quando se enche o tanque até a boca, entra combustível na tubulação que vai até o cânister, o que o inutiliza. Sem falar do perigo de transbordar e afetar a pintura. Nesse caso, lave na hora com água e sabão.

    5. Interior

    Irv Gordon tem uma regra de ouro: ninguém come ou bebe nada em seus veículos. Ninguém. “A maioria das pessoas é descuidada quando se alimenta. Bebida derramada e comida apodrecendo tornariam o tempo que eu passo no carro insuportável. Se meus passageiros tiverem fome ou sede, terei prazer em parar no restaurante mais próximo.”

    Os bancos do P1800 são de couro, mas aqui Gordon não tem um cuidado especial. “Não faço nada de diferente para mantê-los. Tive de mudar o revestimento de couro desde que eu tenho o carro devido ao sol, que ressecou o couro ao ponto de rachar. Os bancos foram trocados há 15 anos e, desde então, continuam em excelente condição.”

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    Se você não é muito chegado a reformas, vaselina líquida ou algum hidratante de couro, que pode ser comprado em lojas de artigos de couro, ajudam a preservá-lo.

    6. Condução

    O grande segredo para o carro durar mais, segundo Gordon, é o jeito de guiar. “Eu sempre tento dirigir da forma mais suave possível. A razão de as pessoas enjoarem no carro normalmente se deve ao cara que acelera e freia rápido demais, várias vezes. Os mesmos motoristas que aceleram muito têm de frear na mesma medida.

    A conta desses hábitos ruins de condução vem no desgaste de motor, câmbio e suspensão. Isso sempre exige troca de peças prematuramente.”

    O americano tem a receita certa para a durabilidade. Segundo ele, seu pai o ensinou a dirigir como se houvesse um copo de água sobre o painel. O desafio era não derramar nada. “Sempre tento trocar as marchas e acelerar de um modo que pareça que meu automóvel é automático. Isso ajuda as peças a durarem milhões de quilômetros, exige menos tempo de oficina e permite que eu tenha mais tempo com ele na estrada.”

    QUEM FOI IRV GORDON?

    Gordon ficou famoso ao entrar para o Guinness Book por se tornar o proprietário que mais rodou com o mesmo automóvel. O americano estabeceleu o recorde em 1998, com 1,69 milhão de milhas (2.700.000 km), e marca não parou de crescer até sua morte, em 2018, quando o P1800 já havia percorrido mais de 5,15 milhões de km.

    O motor sempre foi o mesmo, mas foi refeito quando já beirava os 1.100.000 km

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