Faróis do tipo projetor ofuscam menos os outros motoristas?
Eles são mais eficientes, mas como custam mais caro, muitas montadoras não os adotam em seus carros
É verdade que os faróis do tipo projetor têm um facho de luz mais preciso e, por isso, não oferecem risco de ofuscamento? – Jair Paiva, por email.
Sim. Os faróis do tipo projetor com bloco elíptico (também chamados de “canhão”) são mais precisos e, por isso, o risco de ofuscamento é reduzido, sejam eles equipados com luzes halógenas ou de xenônio.
Eles são formados por um refletor em forma de elipse (e não de uma parábola, como nos faróis comuns), uma lente plano-convexa (a parte de dentro da lente é plana, a externa é convexa) e, aí está o truque, um bloqueador de luz com uma missão bem específica: ele não deixa passar luz para a parte superior da lente, evitando assim um facho alto desnecessário, que poderia ofuscar o motorista no sentido contrário.
Quando esse bloqueador é retirado eletricamente, forma-se o facho alto. Também é possível obter o mesmo resultado utilizando-se dois blocos lado a lado, um com barreira fixa para o facho baixo e outro, sem barreira, para o facho alto.
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Os faróis com bloco elíptico também são mais compactos, ocupando menos espaço no conjunto ótico. Porém, são mais caros que os do tipo parábola. Por questões de custo, muitas montadoras ainda não equipam seus carros com esse tipo de iluminação – caso de modelos não exatamente baratos, como Honda HR-V e Nissan Kicks.
Outras até já cometeram involuções. O Fiat Palio de segunda geração, lançado em 2011, perdeu os faróis de bloco elíptico que vinham no último facelift da primeira geração, ocorrido em 2008.