A Ford foi a primeira montadora de automóveis a se instalar no Brasil, em 1919, e, portanto, tinha uma história de mais de 100 anos como fabricante quando decidiu parar a produção no país. Esse ciclo terminou no dia 11 de janeiro deste ano. A partir dessa data, a Ford tornou-se uma importadora de veículos.
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Atualmente, a marca responde por 10,03% da frota brasileira, em circulação no segmento de veículos leves (até 3,5 toneladas), e é a quarta montadora nesse quesito. Até dezembro de 2020, eram 4,4 milhões de veículos, divididos em 40 modelos e mais de 2.200 versões.
Segundo levantamento da empresa Fraga Inteligência Automotiva, porém, a partir de agora a frota nacional da Ford sofrerá gradual redução. Até o ano de 2025, a previsão é de um recuo de 14,31% em relação a 2020 – tendo 3.853.943 contra 4.498.065.
Essa redução ocorrerá tanto por um volume de vendas menor quanto pelo envelhecimento dos modelos em circulação.
Das unidades em circulação, 37,28% têm entre 4 e 10 anos de idade, 26,69% de 11 a 20 anos e outros 19,05% já têm mais de 20 anos de idade, de acordo com a Fraga. Até 2025, o perfil etário dos Ford irá envelhecer: 44,52% estarão com 11 a 20 anos e somente 6,42% terão até 3 anos.
Atualmente, a média de idade dos carros Ford é de 12,2 anos, e até 2025 a média será de 15,1 anos. Esse processo de envelhecimento irá no primeiro momento aquecer o mercado de reposição de autopeças, até que a queda no volume total a ser reparado supere os ganhos com a maior incidência de falhas nos produtos.
Como se vê, a presença da Ford com seus produtos Made in Brazil ainda está longe de se encerrar. Um dado interessante é a constatação de que o Fiesta foi o modelo mais vendido da história da marca, com 1.265.063 exemplares, ultrapassando sucessos como EcoSport e Escort e veículos que foram vendidos por longos anos como o Corcel.
O Fiesta foi o Ford mais comercializado na década de 2000, enquanto o Ka despontou na seguinte, porém não o suficiente para superar a hegemonia do irmão.
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