Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Motor moderno dá retífica? Entenda quando é melhor comprar um bloco novo

Veja quando vale a pena consertar o motor ou quando é necessário trocar por um novo

Por Fernando Miragaya
4 Maio 2024, 17h00
Motor Parts
Retificar exige mão de obra competente e peças de boa qualidade (Divulgação/Quatro Rodas)
Continua após publicidade

Você está tranquilão em uma grande loja de autopeças e daqui a pouco se depara com um bloco inteiro de um conhecidíssimo Fiat Fire novinho em folha – ou melhor, em ferro. Na frente, um cartaz amarelo do tipo de supermercado com o preço de R$ 5.999. E aí você se pergunta: por que raios alguém vai comprar um motor novo já que existe retífica?

Quando o motor quebra, a primeira coisa que vem à mente do dono do veículo é a retífica, nome popular para indicar reparos diversos e trocas de itens que recuperem o pleno funcionamento do conjunto mecânico. Sem dúvida é o caminho mais natural do que partir para um propulsor inteiramente novo.

“Se o problema está perto do catastrófico e o carro ainda tem certo valor de revenda, vale fazer a retífica. As peças em si não costumam ser muito caras, a mão de obra que é. Tem de tirar o motor, abrir, inspecionar, montar de novo…”, observa o engenheiro Eduardo Tomanik, da comissão técnica de motores da SAE Brasil.

Quanto custa a retífica do motor?

Em motores populares, a retífica geralmente também é indicada por ser viável financeiramente falando. Ainda mais quando se fala de um carro com oito anos de uso ou mais. Nestes casos, é preciso pôr na ponta do lápis o custo/benefício.

Vamos ao exemplo do motor Fire que abriu esta reportagem. Uma retífica do motor de 1 litro custa, em média, entre R$ 2.500 e R$ 3.800 em oficinas de São Paulo e Rio de Janeiro, já com a mão de obra. Mesmo se for um Uno ano 2014, por exemplo, que custa entre R$ 25.000 e R$ 30.000 nos principais sites de compra e venda de veículos, o conserto vale a pena.

Bloco do motor 1.6 16V do Citroën C4 Cactus se saiu muito bem no teste
Bloco do motor 1.6 16V do Citroën C4 Cactus (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)
Continua após a publicidade

Para carros que venderam pouco, de marcas com volumes baixos ou de nichos de mercado, a retífica pode ser não só a melhor como a única solução. Muitas vezes tais modelos têm componentes difíceis de achar ou exigem mão de obra mais específica.

Compartilhe essa matéria via:

“Retífica é mais fácil, mas tudo parte de verificar o dano. O ideal é fazer comparação de preços entre motor novo e serviços feitos com qualidade, e com peças de qualidade”, sugere o engenheiro mecânico especialista em motores Renato Passos.

É importante lembrar que a própria retífica tem suas variáveis. Um recondicionamento geral prevê a troca de componentes como bronzinas, anéis e pistões, além da “usinagem” de peças como virabrequim, bielas, cabeçote, válvulas de admissão e escape, entre outros.

Continua após a publicidade

Porém, muitos projetos de motores permitem consertos parciais. Ou seja, compra-se um kit de peças para serem substituídas. “Alguns motores já previam isso no passado, inclusive. O Ford CHT é um exemplo: tinha jogo de camisas, anéis, pistões e bronzinas”, ressalta Passos.

Quando é melhor comprar um motor novo?

É preciso ponderar também que os motores podem ter limites para tais recondicionamentos. Especialistas e mecânicos dizem que, em alguns propulsores, por exemplo, não é possível fazer mais de uma retífica do cabeçote.

quatro rodas
Bloco, cabeçote e partes móveis de um motor (Xico Buny/Quatro Rodas)

Além disso, tem a questão do bloco do motor. Em caso de rachadura, o ideal é partir para um novo, já que sua recuperação é muito difícil. Mesmo que seja possível o conserto, a vida útil do conjunto tende a ficar comprometida.

Continua após a publicidade

Tem ainda aqueles motores muito tecnológicos e cujo projeto é complexo. Muitas vezes, o próprio mercado de reparação ainda carece de dados técnicos e equipamentos, ou mesmo não existe disponibilidade de todos os componentes específicos para a montagem. Por isso, dizem que estes motores não têm retífica.

Dá para confiar em retífica de motor?

Segundo os especialistas, a retífica correta e feita com peças de qualidade garante praticamente a mesma vida útil do motor novo previsto pela montadora. Contudo, é preciso seguir algumas regras básicas.

A primeira é fazer o serviço em uma oficina mecânica de confiança e com boa reputação no mercado. E que use componentes de qualidade – a ABNT impôs normas para peças de retífica, sobretudo as importadas, que devem ter um selo de autorização para comercialização e uso no país.

Continua após a publicidade

Longa-Virtus-730-Cabecote

“Uma retífica bem feita deixa o motor muito próximo a um novo. Mas é preciso estar atento às falsificações. Peças ruins podem fazer o carro dar problema uma semana depois. O ideal é ir a uma oficina de confiança, que emita nota fiscal, que tenha equipamento e maquinário bom e que dê garantia”, orienta Tomanik , da SAE.

“Interessante ter um mecânico orientando. Se é um motor com retífica complicada e alguém vende uma retífica milagrosa, pode ter certeza de que você vai ficar pelo meio do caminho”, completa Passos.

Os custos de um bloco novo

Quem vai trocar o motor deve ter em mente que não é só colocar o blocão no carrinho de compras e pronto. É preciso levar em consideração o custo da mão de obra e também buscar oficinas mecânicas especializadas e capacitadas com ferramental adequado.

Continua após a publicidade

Ainda tem a parte burocrática. Com a nota fiscal do motor novo, o dono do veículo tem de ir ao Detran. O procedimento-padrão consiste em preencher um formulário (geralmente digital), pagar a taxa correspondente (que varia conforme o estado) e dar entrada na solicitação de troca.

O mesmo procedimento vale se você for comprar um motor já recondicionado e pronto em um modelo de negócio em que o proprietário do veículo dá seu motor “fundido” ou “quebrado” para a loja – muitas empresas já fazem esse serviço.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.