A eletrificação mais radical da Fórmula 1 está marcada para 2026, mas, para bem antes disso, a Fórmula E prepara um novo pacote técnico que promete elevar o nível dos monopostos movidos a bateria e tornar a competição mais atraente.
Chamada de Gen3, a terceira geração dos elétricos não mudará tanto esteticamente, mas fará com que eles sejam mais rápidos do que os bólidos da F1. A promessa é da Fórmula E, que quer lançar os carros de corrida mais eficientes do mundo, com 40% da energia de uma prova gerada a partir da frenagem regenerativa (os outros 60% vêm da bateria).
A principal novidade do regulamento, um motor gerador será instalado exclusivamente para essa função, permitindo que os carros dispensem os freios traseiros. Desse modo, a categoria também busca atender a uma velha cobrança de mais emoção, exigindo mais “instinto” do piloto.
Além de saber equilibrar freio físico e eletromagnético, o competidor terá um carro muito mais leve e bem mais potente, com torque instantâneo e relação peso/potência de Bugatti Veyron: 1,68 kg/cv.
Segundo a FIA, a Fórmula E é o primeiro esporte neutro em carbono do mundo – um esforço que envolve até cardápio 30% vegetariano nas arquibancadas.
Para manter o status e desenvolver tecnologias que chegarão às ruas, a próxima temporada estreará pneus com 26% de compostos recicláveis. Ainda haverá um novo processo de reúso da fibra de carbono, importado da indústria aeroespacial, que vai reaproveitar os pedacinhos do material que se soltarem nas batidas.