Pintura de carros com duas cores é um processo caro e complexo
Técnica exige adaptações complicadas na linha de montagem, aumenta o tempo de fabricação e requer bastante mão de obra
Como é feita a pintura de carros que saem de fábrica com teto de outra cor? – Ben Hur Lopes de Oliveira, Brasília (DF)
Essa pintura exige um processo caro, complexo e que demanda muita mão de obra. No caso do Kicks, é pintado primeiro o teto. Após isso, funcionários cobrem toda a parte superior com um papel especial.
Em seguida, o veículo volta à linha para pintar o resto da carroceria, o que aumenta o tempo do processo em duas horas.
Toda essa logística tem custo elevado, que é repassado ao consumidor na forma de versões mais caras ou como opcional – a pintura em dois tons do Nissan custa R$ 1.500 a mais.
A manufatura mais cara ocorre porque a carroceria precisa passar novamente pela linha de pintura (ocupando o espaço de outro carro).
Uma alternativa tão cara quanto é criar uma linha de montagem à parte, exclusiva para a pintura do teto.
Essa solução, no entanto, só é viável para marcas que possuem um alto volume desse tipo de veículo. E não é o caso do Kicks.
Mesmo assim, o teto colorido tem caído no gosto do povo: o Volvo XC40, por exemplo, já foi projetado pensando na opção de duas cores.
Carros com teto em dois tons é uma tradição antiga – comum nos Mini Cooper, por exemplo. Nos últimos anos, o carro que ajudou a resgatar essa moda foi o Land Rover Evoque.
Uma solução mais em conta é o envelopamento do teto, tática cada vez mais usada por proprietários que não toparam esperar (ou pagar) por um carro em dois tons.
Outra dica para diferenciar o carro e manter o custo baixo é fazer o serviço em oficinas independentes, sem contar com a fábrica ou concessionários.