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Revestimento tecnológico ajuda a controlar incêndio de carros elétricos

Carros elétricos estão sujeitos a incêndios dificílimos de se conter. Mas a prevenção é engenhosa, simples e já chegou ao Brasil

Por Eduardo Passos
25 Maio 2024, 17h00
Ilustração de um Tesla pegando fogo
Ilustração de um Tesla pegando fogo (Fábio Black / Midjourney/Quatro Rodas)
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Em geral, veículos elétricos trazem recursos de condução autônoma que, de maneira ativa, evitam vários acidentes. A falta de combustível líquido também diminui as chances de incêndio, mostram dados dos EUA e da Austrália, mas, quando pegam fogo, os EVs dão imenso trabalho aos bombeiros.

Culpa da avalanche (ou fuga) térmica: é o processo no qual as células das baterias liberam calor e geram uma química que produz mais calor e aumenta a reação num processo descontrolado.

Brigadistas chegam a utilizar 170.000 litros d’água para socorrer um carro elétrico (até 90 vezes mais do que seria gasto num equivalente a gasolina), e já há protocolos para que simplesmente deixem o veículo queimar e cuidem de proteger as imediações. É algo que ajuda a explicar tantos incêndios catastróficos de EVs que vemos na internet.

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Para evitar que se chegue a esse ponto, a norte-americana PPG desenvolveu um produto, batizado de Corachar SE 4000B, que já vem sendo oferecido para montadoras no Brasil. Ele consiste numa resina epóxi que é colocada logo acima do compartimento de baterias do carro. Seu papel é conter a avalanche térmica, de modo que o fogo até danifique as células, mas não destrua o veículo.

Pensado no ritmo de uma fábrica, o Corachar pode ser aplicado por robôs, que o borrifam em spray sobre a peça. O revestimento tem apenas 0,06 cm de espessura e pesa menos de 1 kg, mas promete aguentar até 1.200 oC por 30 minutos, permitindo uma resposta segura dos ocupantes e socorristas.

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Além da fórmula química da PPG, o truque está na propriedade intumescente do material, que se expande quando aquecido e, assim, melhora seu isolamento térmico. Há compatibilidade com diferentes tipos de baterias e até um efeito colateral positivo: a maior estabilidade da temperatura permite carregamento mais rápido.

Brigada antifogo

Diferentes fatores contribuem para as chances de incêndios em carros elétricos. Como o resultado é quase sempre catastrófico, a prevenção do fogo se torna ainda mais importante

Subst
(Divulgação/Quatro Rodas)

Troca fácil – O Corachar, depois de exposto ao fogo, tem possibilidade de ser trocado. Inclusive apenas nas células incendiadas.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Aplicação rápida – Montadoras precisam só de um aplicador-robô para, em segundos, instalar o Corachar em seus carros elétricos.

Perigo iminente

Conheça os principais fatores de risco de incêndio num EV

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ÁGUA: a água salgada ou com impurezas conduz bem a eletricidade e é suspeita de ter favorecido incêndios em navios que levavam carros elétricos. Há relatos de EVs que pegaram fogo enquanto submersos em enchentes nos EUA. (Divulgação/Quatro Rodas)
EV First Responder Training Program
BATIDAS: choques mecânicos podem causar vazamentos nas células e, assim, permitir uma reação em cadeia. Motivo para os engenheiros reforçarem as estruturas que protegem a bateria, nos projetos. (Divulgação/Quatro Rodas)
Battery testing center Gaimersheim
CONEXÃO: baterias de baixa qualidade e falhas no sistema de gerenciamento térmico são fatores de risco. Foi o que aconteceu com o Chevrolet Bolt EV, cuja ocorrência de incêndios motivou recall de 140.000 unidades. (Divulgação/Quatro Rodas)
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