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Seguro popular: até 40% mais barato, mas com cobertura menor

O novo serviço é mais acessível, mas tem seus pontos negativos como a franquia mais cara e cobertura e indenização com valores reduzidos

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 Maio 2021, 09h38 - Publicado em 17 abr 2017, 10h19
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  • O novo seguro é mais barato, mas tem seus pontos negativos
    O novo seguro é mais barato, mas tem seus pontos negativos (Nik/Quatro Rodas)

    Destinado a quem nunca teve uma apólice, o seguro popular já está disponível no país a preços atrativos. Os valores são em média 30% mais baixos que os das coberturas tradicionais, segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

    “Há mais de 30 anos a frota de veículos segurados representa apenas 25% do total. Chegou a hora de estimular a inclusão securitária comercializando planos dedicados às necessidades desse público”, afirma Luiz Alberto Pomarole, vice-presidente da Fenseg.

    O principal diferencial do novo serviço é a possibilidade de aproveitar peças reutilizadas e não originais (mas certificadas) no conserto dos carros. “A autorização do uso de componentes usados só foi possível graças à lei do desmanche, que regulamentou os desmontes de veículos no país em 2014”, diz.

    Por enquanto, apenas duas seguradoras oferecem o seguro popular, Azul e Tokio Marine. Ambas só aceitam automóveis com cinco anos ou mais de uso. A Azul atende pouco mais de 40 modelos com valores de até R$ 60.000, já a Tokio conta, por enquanto, com 15 veículos de entrada.

    “A restrição de atender carros com mais de cinco anos veio das próprias seguradoras. Afinal, a partir dessa idade é que o carro já conta com uma quantidade substancial de peças usadas no mercado”, explica Felipe Milagres, diretor da Azul Seguros.

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    Limitações

    Para ter uma ideia da diferença de preço entre o seguro tradicional e o popular, QUATRO RODAS solicitou à Bidu corretora uma cotação de quatro modelos (veja tabela mais abaixo) para dois perfis de público: um jovem e um tradicional.

    O seguro convencional de um Volkswagen Gol 1.0 2011, por exemplo, ficaria em R$ 5.142. Já no novo Auto Popular, a apólice cairia para R$ 3.118, um desconto de 40%.

    Se a redução de preço é um grande atrativo, é bom saber que há algumas desvantagens. A nova modalidade tem características diferentes em relação à cobertura, indenizações, danos a terceiros e assistência. O seguro popular cobre colisão, roubo e furto, com indenização de 80% a 90% da Tabela Fipe, enquanto o tradicional oferece cobertura de 100% até 110%.

    Outro ponto que merece atenção é a franquia, que é cerca de 30% mais cara que a da apólice tradicional. Por isso, com o seguro popular é preciso avaliar com cuidado qual é a possibilidade de se envolver em colisões porque, dependendo do caso, pagar o valor maior da franquia pode anular a economia feita na contratação.

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    Você protege o carro usado pagando até 40% menos
    Você protege o carro usado pagando até 40% menos (Nik/Quatro Rodas)

    Na Azul, danos a terceiros também têm um limite menor, de R$ 25.000, enquanto a proteção comum estabelece o teto de R$ 50.000. Em relação à assistência, o cliente do plano popular tem guincho que pode rodar até 100 km, contra 400 km do convencional. O consumidor também perde serviço de chaveiro, retirada do veículo, retorno ao domicílio e hospedagem em caso de problemas.

    Itens reutilizados

    Quanto à questão das peças de segunda mão utilizadas nos consertos, as empresas avisam que só podem ser aproveitados componentes da carroceria, como para-choques ou faróis.

    “É importante deixar claro ao consumidor que peças provenientes de desmanches regularizados não podem ser usadas nos reparos dos freios, suspensão, amortecedores, pneus ou outros itens de segurança”, afirma Luiz Padial, diretor da Tokio Marine.

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    A Tokio lançou seu seguro popular em dezembro e diz que já fechou mais de 300 contratos em São Paulo e Rio de Janeiro. Nos próximos meses, pretende chegar a Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. A expectativa é atingir 200.000 unidades nos próximos três anos, o que representaria 15% da carteira de veículos.

    A Azul opera seu novo serviço apenas em São Paulo, mas pretende ampliar para outras capitais do país até o fim do ano. Segundo o executivo da companhia, outra vantagem desse produto é ser ecologicamente correto. “Em vez de estampar uma nova peça da carroceria para o conserto, usamos uma já pronta de outro carro. É uma verdadeira reciclagem sem ônus para o consumidor”, diz Milagres.

    Carro Seguro Comum -perfil Jovem * (franquia) Seguro popular – perfil Jovem *(franquia) Seguro comum – perfil Quatro Rodas **(franquia) Seguro popular –  perfil Quatro Rodas ** (franquia)
    Gol 1.0 2011 R$ 5.142 (2.915 -franquia) R$ 3.118 (3.207) R$ 3.345 (2.915) R$ 2.385 (3.207)
    Celta 1.0 2011 R$ 3.601 (2.564) R$ 2.551 (2.821) R$ 2.611 ( 2.564) R$ 2.030 (2.821)
    Ka 1.0 2011 R$ 3.228 (2.695) R$ 2.263 (2.965) R$ 2.356 (2.695) R$ 1.817 (2.965)
    Clio 1.0 2011 R$ 3.243 (3.245) R$ 2.645 (3.570) R$ 2.464 (3.245) R$ 2.108 (3.570)

    Os valores foram fornecidos pela Bibu Corretora com cotações da seguradora Tokio Marine.

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    *Perfil Jovem: homem, 23 anos, solteiro, morador de São Paulo

    **Perfil Quatro Rodas: homem, 35 anos, casado, morador de São Paulo

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