Como o carro é um produto muito caro no Brasil, contratar um seguro automotivo sempre pesa no orçamento do motorista. Para enfrentar esse problema e aumentar sua base de clientes, as seguradoras do país criaram nos últimos anos apólices adequadas a diferentes perfis de público. Agora há cobertura para automóveis mais velhos, para motoristas mais jovens e até para a frota da família toda. Se você acha que seu seguro está caro, pode ser a hora de procurar abaixo uma opção que caiba melhor no bolso.
Clientela jovem
O que é: seguro especial para motoristas entre 18 e 24 anos.
Quem oferece: Porto Seguro.
Como funciona: o Auto Jovem estabelece metas de direção responsável e, quanto mais o jovem cumpre, mais descontos ganha. Primeiro, ele faz os cursos Direção Emocional e Direção Segura, o que já lhe dá 30% de desconto na apólice. Depois, instala um aplicativo no smartphone e um dispositivo no carro. O primeiro monitora o celular, para checar se o jovem não envia mensagens por SMS ou WhatsApp enquanto dirige. O segundo confere se ele roda mais de 95% do tempo a menos de 90 km/h e, no máximo, 5% durante a madrugada (de 0h30 a 5h30). Se atender a essas regras no primeiro ano de contrato, o cliente renova o seguro com mais 30% de desconto. Uma apólice de R$ 4 700, por exemplo, baixaria para R$ 2 303.
Só para terceiros
O que é: seguro que cobre apenas o outro veículo atingido em uma colisão.
Quem oferece: Liberty e Generali.
Como funciona: há clientes da classe C e D ou os mais jovens que abrem mão do seguro por causa do alto preço. Por exemplo, o prêmio médio chega a R$ 4 700 para alguém de 18 anos com um carro popular. Mas o prejuízo que você pode ter se for culpado por uma colisão pode ser insuportável – imagine destruir um BMW. Foi de olho nesse público que a Liberty criou o Auto Seguro Consciente, que só cobre danos causados a terceiros por veículos com até 25 anos de uso, cujo valor começa em torno de R$ 900. Ideal para quem tem garantia de garagem em casa, no trabalho e na faculdade. A Generali também segura contra terceiros, mas explica que não é muito oferecido pelos corretores por ter um prêmio baixo, cerca de R$ 250 para um valor de R$ 50 000 de danos pessoais e outros R$ 50 000 de danos materiais.
À prova de ladrão
O que é: seguro só para roubo e furto.
Quem oferece: BNP Paribas Cardif.
Como funciona: se você se considera um motorista cuidadoso ou roda pouco, o que reduz o risco de uma batida, pode optar pelo Autofácil. Os planos vão de R$ 79,90 até pouco menos de R$ 200 por mês para os modelos mais visados, o que pode representar até 50% menos em relação a um seguro comum.
Seguro modular O que é: apólice em que o cliente monta o próprio seguro, contratando só as coberturas que quiser.
Quem oferece: HDI.
Como funciona: no Auto Perfil, o cliente escolhe o que quer. Não precisa de proteção a roubo? Elimina. Quer deixar o guincho de lado? Também pode. Além disso, há descontos especiais no momento em que o corretor monta a proposta, dependendo do cliente. Mulheres, pessoas casadas e quem tem mais de 50 anos podem ter abatimentos de até 35% do total.
Velhinhos
O que é: seguro especial para carros com mais de 15 anos.
Quem oferece: Banco do Brasil e Mapfre.
Como funciona: nessa apólice, a aceitação para veículos com até 20 anos de uso é automática. Acima disso, a empresa consulta os preços de mercado para fazer a cotação. Antigamente, seguros desse tipo pagavam em caso de sinistro apenas uma parte da tabela Fipe, algo em torno de 80%. Hoje o reembolso é do valor total.
Dívidas no futuro
O que é: seguro para quem comprou o carro parcelado num contrato de longo prazo.
Quem oferece: BNP Paribas Cardif.
Como funciona: você comprou o automóvel por consórcio ou financiamento e, após alguns anos, perdeu o veículo devido a acidente ou roubo. A seguradora pagou, mas você descobriu que o valor é bem menor do que ainda falta pagar ao banco. O GAP cobre a diferença entre o valor da indenização e o da nota fiscal do veículo, válido para carro zero ou usado.
Seguro contra batidinhas
O que é: cobertura para para-choques.
Quem oferece: Generali.
Como funciona: quem optar pelo seguro dos vidros, com reparos feitos pela empresa Autoglass, ganha a proteção dos para-choques. Os reparos não exigem pagamento de franquia e cobrem o para-choque dianteiro ou traseiro por amassados, quebras, trincas e deformações. O conserto abrange soldagem, colagem de trincas e quebras, substituição de suportes e repintura da peça.
Equipamentos garantidos
O que é: cobertura para os acessórios instalados.
Quem oferece: BNP Paribas Cardif.
Como funciona: não é raro ver gente comprando um carro usado de R$ 15 000 e colocando mais R$ 20 000 em itens como som e rodas de liga leve. A quase totalidade das apólices cobre apenas o veículo, mas o GAP Despesas Acessórias faz o reparo ou reposição dos acessórios. O cliente estabelece o valor de cobertura e, se houver o sinistro, ele apresenta as notas fiscais e a empresa reembolsa até o valor estabelecido em contrato.
Dois por um O que é: cobertura para casa e carro numa só apólice.
Quem oferece: HDI.
Como funciona: Na apólice Duo, se houver sinistro do automóvel, a franquia tem um desconto do dobro do valor pago pelo seguro residencial. Assim, num prêmio de R$ 2 000 para o carro e de R$ 150 para a casa, o desconto na franquia será de R$ 300. Em alguns casos, o Duo pode reduzir a franquia até a metade do valor.
Apólice coletiva
O que é: seguro para quem tem mais de um carro na família.
Quem oferece: Yasuda Marítima.
Como funciona: cobre qualquer veículo da família, incluindo o dos filhos na idade de risco (entre 18 e 24 anos), reduzindo o custo total do seguro. A apólice permite ainda a transferência de bônus entre cônjuges, ou de pais para filhos, desde que estes tenham mais de 30 anos, ou de pessoa jurídica para física e vice-versa.
Proteção extra
O que é: serviço que aumenta a garantia de fábrica.
Quem oferece: BNP Paribas.
Como funciona: estende a garantia de fábrica em dois anos para o automóvel novo e em um ano para o usado – neste caso, válida só para motor e câmbio. Mas é preciso saber que essa garantia estendida funciona como a tradicional: é preciso fazer inspeções regulares para avaliar o veículo, pois a garantia não cobre mau uso. Um diferencial aqui é que o titular da apólice não é o motorista, mas o veículo. Quando este for vendido, o serviço Garantia Estendida o acompanha.