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Seu veículo é personalizado? Melhor “destunar” antes de vender

Antes de negociar o usado, é preciso reverter as personalizações

Por Luís Perez
Atualizado em 22 mar 2024, 09h45 - Publicado em 12 mar 2015, 12h18
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Você compra um automóvel e o deixa repleto de acessórios de personalização. Na revenda, sua ideia é pedir um valor maior para reaver o dinheiro investido? Esqueça. Não só não vai recuperá-lo como você terá de “destunar” o veículo para aumentar sua aceitação no mercado. “Às vezes, a personalização até inviabiliza o negócio. Recebemos propostas com carros tunados como forma de pagamento, mas, dependendo das alterações, é melhor nem fechar negócio. O processo de destunar pode absorver até 100% do ganho”, explica Renato Gianni, dono da loja de seminovos RG Multimarcas, de São Paulo. Segundo ele, embora o brasileiro seja apaixonado por carro, poucos o personalizam.

Portanto, antes de comprar acessórios estéticos, verifique se é possível retirar o envelopamento, o kit aerodinâmico ou até mesmo a roda que não esteja disponível no catálogo da montadora. Na dúvida, guarde os itens que vieram de fábrica. “Preservando as características originais, a revenda é feita com maior rapidez”, diz Gianni.

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Para ajudar a reduzir a rejeição do mercado, as montadoras decidiram nos últimos anos ouvir a voz das ruas e oferecer elas mesmas acessórios, com a vantagem de ter o aval da fábrica. A Ford afirma que, entre 2013 e 2014, o total de acessórios disponíveis cresceu cerca de 20%. Braço da Fiat para equipamentos de personalização, a Mopar entrou no mercado em 2013 com um total de 13 682 acessórios. Em 2014, o número já havia subido para 20 269.

“A criação de veículos personalizados leva em consideração o desejo de exclusividade de alguns consumidores. Isso vale para outros itens de consumo, como roupas ou celulares. É um desejo que sempre existiu e deve continuar existindo”, explica Ricardo Souza, supervisor de acessórios da Ford.

Por ser um fenômeno muito recente, os lojistas ainda não têm como afirmar se a tunagem de fábrica será mais bem aceita no mercado de usados. Mas já se sabe que ela traz duas vantagens: torna mais fácil a destunagem, para retornar o carro à originalidade, e não compromete a garantia de fábrica. Essa nova prática tem crescido tanto que, ao lançar um modelo, a montadora já se preocupa em apresentar uma versão tunada. Foi o que a Fiat fez ao mostrar o Bravo 2016 todo paramentado com equipamentos da Mopar. Entre os itens de personalização, havia envelopamento com superfície fosca, calhas de chuva nas portas dianteiras, faróis com máscara escurecida, suspensão rebaixada em 4 cm, ponteira de escape esportiva e apêndices laterais encorpados. Tudo disponível para o consumidor comprar já.

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