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Ferrari 250 GTE 2+2 era tão rápida que virou carro de polícia na Itália

Sucesso absoluto, a Ferrari 250 GTE 2+2 era um grã-turismo de 4 lugares tão versátil que foi usada até pela polícia italiana

Por Felipe Bitu
Atualizado em 13 out 2024, 10h58 - Publicado em 13 out 2024, 09h00
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  • Clássicos: Ferrari 250 GTE 2+2
    A 250 é a primeira Ferrari produzida em larga escala para quatro pessoas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Para os fãs da Ferrari, poucas edições das 24 Horas de Le Mans foram tão especiais quanto a de 1960. Primeiro pela conquista da prova, vencida pela 250 Testarossa.

    Segundo pela aparição do protótipo que deu origem à 250 GTE 2+2, primeira Ferrari de quatro lugares produzida em larga escala.

    Apesar de distintas, ambas integravam a série 250, desenvolvida por Giotto Bizzarrini em 1952. O levíssimo V12 de 3 litros em alumínio projetado ganhou as ruas em 1954, ocasião em que o modelo 250 GT foi apresentado no Salão de Paris. Derivado do modelo 250 S de competição, seus 220 cv o levavam a 230 km/h.

    Clássicos: Ferrari 250 GTE 2+2
    Motor avançou 20 cm para dar lugar aos bancos extras (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Seu nome fazia alusão ao volume de cada cilindro do V12: cerca de 250 cm³. Em 1957, surgiram dois conversíveis, a 250 GT Cabriolet e a 250 GT California, esta última específica para os EUA.

    Dois anos depois, surgiu a 250 Berlinetta Passo Corto (chassi curto), um cupê capaz de encarar os autódromos com pequenas adequações.

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    Salvo raras exceções, todas as Ferrari eram limitadas ao cavalheiro sentado ao volante e um acompanhante ao seu lado. E, apesar da demanda, não havia um modelo para fazer frente a esportivos de quatro lugares, como o francês Facel Vega HK500, o inglês Aston Martin DB4 e o italiano Maserati 3500 GT.

    Apresentada no Salão de Paris em outubro de 1960, a GTE 2+2 era mais uma obra-prima do renomado estúdio Pininfarina.

    Clássicos: Ferrari 250 GTE 2+2
    Volante grande de madeira era típico dos GTs da época. Couro vermelho combinava com carpete do porta-malas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Para manter a harmonia das linhas, a nova carroceria estava maior, mais larga e mais baixa, apoiando-se sobre o mesmo entre-eixos de 260 cm da 250 GT Coupé. A transformação resultou num acréscimo de peso de apenas 80 kg.

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    A principal diferença frente à GT Coupé era o reposicionamento do motor, que foi avançado em 20 cm para adequar o espaço interno para quatro ocupantes.

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    Curiosamente, a nova posição do motor melhorou a distribuição de peso da GTE 2 + 2, tornando seu comportamento dinâmico bem mais equilibrado quando comparado às 250 de dois lugares.

    A suspensão dianteira independente melhorou substancialmente com molas helicoidais. Os freios eram a disco nas quatro rodas. Alimentado por três carburadores Weber 36 DCL6, o V12 atingia 240 cv.

    A tração chegava às rodas traseiras por um câmbio de quatro marchas, equipado com sobremarcha de acionamento elétrico. Era o bastante para acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de 8,5 segundos e para chegar a 241 km/h.

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    Clássicos: Ferrari 250 GTE 2+2
    O V12 3.0 dianteiro gerava 240 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Sem alarde, a GTE 2+2 tornou-se o modelo mais popular do fabricante italiano, respondendo sozinha por cerca de dois terços da produção da linha 250.

    Era o esportivo favorito de celebridades como Frank Sinatra e do oficial Armando Spatafora, um dos policiais mais habilidosos da Squadra Volante, divisão de patrulhamento da polícia civil italiana.

    Ferrari 250 GTE viatura
    (Girardo & Co/Divulgação)

    Denominada Pantera Negra, a GTE 2+2 preta de Spatafora garantiu a lei e a ordem nas ruas de Roma de 1962 a 1968. Ambas tornaram-se lendas e eram desafiadas para perseguições, retratadas no filme Poliziotto Sprint.

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    Arrematada em um leilão estatal em 1972, a Pantera Negra hoje integra o acervo de uma coleção particular.

    No total, 957 foram produzidas até o final de 1963, um recorde que manteve as contas da Ferrari em dia na primeira metade dos anos 60.

    Clássicos: Ferrari 250 GTE 2+2
    Porta-malas tem bom espaço para bagagem da família (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Essa oferta fez o valor da GTE 2+2 despencar na década seguinte, levando a maioria a virar doadora de peças para recriações da GT California, GT Cabriolet e GT Berlinetta Passo Corto.

    Por isso, especula-se que menos da metade das GTE 2+2 tenha sobrevivido em estado original. Um número ainda menor encontra-se em estado excepcional, como o carro das fotos, fabricado em 1961 e que integra o acervo da FBF Collezione.

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    As 50 últimas unidades estão entre as mais valorizadas, pois adotaram o V12 de 4 litros do modelo 330 America.

    Ficha técnica – Ferrari 250 GTE 2+2

    Motor: 12 cilindros em V de 3 litros; 240 cv a 7.000 rpm; 25,02 mkgf a 5.000 rpm
    Câmbio: manual de 4 marchas, com sobremarcha
    Dimensões: comprimento, 470 cm; largura, 171 cm; altura, 134 cm; entre-eixos, 260 cm; peso, 1.280 kg
    Desempenho: 0 a 100 km/h: 8,5 segundos; velocidade máxima de 241 km/h

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