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Clássicos: Ferrari Dino 246 GT, de pai para filho

O motor V6 do esportivo, que homenageia o filho de Enzo Ferrari, rompeu com a tradição dos 12 cilindros

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 13 ago 2023, 11h40 - Publicado em 30 Maio 2017, 18h49
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  • Os cavalinhos rampantes eram colocados pelos donos, após o carro sair da fábrica
    Os cavalinhos rampantes eram colocados pelos donos, após o carro sair da fábrica (Marco de Bari/Quatro Rodas)
    Os cavalinhos rampantes eram colocados pelos donos, após o carro sair da fábrica
    Os cavalinhos rampantes eram colocados pelos donos, após o carro sair da fábrica (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    A idéia de criar um motor V6 na Ferrari surgiu entre 1955 e 1956, quando o comendador Enzo Ferrari, seu filho Alfredo e o engenheiro Vittorio Jano pensavam como equipariam seu carro de Fórmula 2. Filho único de Enzo, Alfredo – mais conhecido por Dino, abreviação de Alfredino – sofria de distrofia muscular e não viveria para ver o projeto pronto. Ele morreu em 1956.

    O primeiro motor V6 da marca levaria o nome de Dino em sua memória e chegaria às pistas dois anos após a morte de Alfredino. O V6 com o inédito ângulo de 65 graus voltaria em 1966 com o esportivo Fiat Dino. No ano seguinte, no Salão de Paris, o motor ganharia sua roupagem mais famosa: a Dino 206 GT, desenhada por Pininfarina.

    O vidro traseiro era curvo nas pontas, abrindo espaçø para o verdadeiro capô
    O vidro traseiro era curvo nas pontas, abrindo espaçø para o verdadeiro capô (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    A rigor, seria a primeira Ferrari de rua de seis cilindros. Mas o comendador preferiu lançá-la como uma marca independente. Na carroceria, os logotipos mostravam o nome Dino, mas nenhum cavalinho rampante. Em parte, a razão era que se tratava de uma homenagem ao filho, mas diziam que Enzo achava que uma legítima Ferrari não poderia ter menos de 12 cilindros.

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    O motor vinha com três carburadores duplos Weber 40; atrás dele ficava o porta-malas
    O motor vinha com três carburadores duplos Weber 40; atrás dele ficava o porta-malas (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Com isso, ela marcava duas transgressões: seu motor não era dianteiro e ainda trazia metade dos 12 cilindros habituais. Mas ela teria produção minguada de três exemplares por semana. Em 1969, após 150 unidades, a 206 GT foi substituída pela Dino 246 GT.

    O motor cresceu de 2 para 2,4 litros e a potência, de 180 para 195 cv. Perdeu o alumínio do bloco do motor (passou a ser feito de ferro) e da carroceria (gradualmente deu lugar ao aço). Com o motor maior, estendeu-se o entreeixos para 234 milímetros, o que resultou numa velocidade máxima de 245 km/h. Assim, a produção saltava, am 1971, para três carros por dia.

    No volante, nada do símbolo Ferrari - só o nome Dino
    No volante, nada do símbolo Ferrari – só o nome Dino (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    No Salão de Genebra de 1972 foi apresentada a versão GTS, de carroceria targa, com coluna mais larga ocupando o espaço da janela lateral traseira.

    A produção durou até 1974, totalizando 3.700 carros, um número sem precedentes na Ferrari da época. Até que o nome passaria a outro modelo, a Dino 308 GT4, um cupê 2+2 com design mais retilínio e que inaugurou os V8 na marca, seguindo a trilha de renovação e diversificação aberta pela primeira Dino.

    Nesta Dino 246 GT 1971, o entre-eixos é 6 cm maior que o das primeiras 240 GT
    Nesta Dino 246 GT 1971, o entre-eixos é 6 cm maior que o das primeiras 240 GT (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Ficha Técnica – Dino 206 GT / 246 GT

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