Colecionador de São Paulo tem elevador só para carros antigos em seu escritório
A garagem/escritório foi produzida com dez contêineres e abriga 40 carros antigos de marcas e estilos variados e ainda conta com mais de 70 tipos de coleção
Publicado originalmente em janeiro de 2021
São 1.800 metros quadrados, dez contêineres, 40 carros, 70 tipos de coleção, mil objetos vintage e um helicóptero. Esses são alguns dos números da garagem/escritório do empresário paulista Antonio Coelho, 60 anos.
Por mais admiráveis, porém, números só expressam quantidade e não dizem nada sobre a qualidade de carros e objetos guardados e nem do projeto arquitetônico do lugar.
O dono conta que a ideia de construir o espaço anexo à casa onde ele vive surgiu da necessidade de organizar e expor coleções como câmeras fotográficas, cadeiras de barbeiro, cabines telefônicas, máquinas de café, placas de postos de gasolina e, ufa!, brinquedos, entre outros itens.
A lista é imensa. Setenta para ser exata. Antonio é um colecionador de coleções. Mas a principal é a de carros.
“Eu não compro apenas modelos americanos ou europeus. Tenho unidades de várias fábricas dos anos 40 até os 90”, diz o empresário. Na garagem, estão 40 exemplares, mas a coleção chega a 150 antigos (o restante fica em outro galpão). São preciosidades como Mercedes SL “Pagoda” (1970), Ferrari Mondial (1983), Cadillac Series 62 (1960), BMW 1600 GT (1966), Volvo P1800 (1971) e até um Rolls-Royce Corniche (1978).
Chama a atenção o fato de que, de qualquer lugar do escritório (no andar superior), é possível visualizar a coleção de clássicos como protagonista do espaço, e claro que isso não é uma coincidência.
“Escolhemos os contêineres para trazer esse tom industrial, e a intenção era que houvesse uma interação entre todas as coleções. Por isso criamos as janelas na parte de baixo das paredes, proporcionando uma visão privilegiada da garagem”, conta a arquiteta Gabriela Coelho, filha do colecionador, que assina o projeto junto com a empresa SuperLimão.
“Os contêineres foram comprados no Porto de Santos e o transporte dos dez até a zona sul de São Paulo rende uma história à parte”, brinca Lula Gouveia, sócio da empresa.
Como toda obra, houve imprevistos: em se tratando de um projeto para um colecionador, o desafio consistiu em dobrar o número de vagas previsto inicialmente para os antigos (de 20 para 40). “Foi um susto, mas nós resolvemos bem adotando duplicadores de vagas”, afirma Gabriela.
Outra surpresa foi a compra de um helicóptero da década de 1940. O teto onde fica exposto teve de receber um reforço estrutural. Um dos elementos que mais se destacam na obra estava planejado desde o início: o elevador para os carros, que parte da garagem e sobe até o escritório, permitindo a exibição de um dos modelos do acervo.
Em tempos de home office, ter um clássico ao lado da mesa de trabalho é, sem dúvida, motivo para não sair de casa.
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