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De Tomaso Pantera surgiu em parceria com a Ford para substitui o GT40

Sucessor do GT40, o Pantera foi a obra-prima de De Tomaso, em parceria com a Ford

Por Fabiano Pereira
18 mar 2024, 04h00
De Tomaso Pantera modelo 1972, automóvel testado pela revista Quatro Rodas.
O desenho era uma criação do estúdio italiano Ghia (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Piloto que chegou a correr na F-1, Alejandro De Tomaso era argentino. Corajoso, decidiu produzir seus próprios carros em Modena, quintal da Ferrari. Ele começou fazendo o chassi que usaria nas pistas adicionando um motor da Maserati e, depois, Ford, mas foi como criador de superesportivos que encontrou seu caminho, apesar da farta concorrência local.

Seu primeiro carro de rua surgiu em 1963. Era o Vallelunga, com seu motor 1.5 do Ford Cortina. Em 1966 veio o Mangusta, desenhado por Giugiaro, e em 1970 chegou sua obra-prima, o De Tomaso Pantera.

De Tomaso Pantera modelo 1972, automóvel testado pela revista Quatro Rodas.

Foi o ápice da sua parceria com a Ford, que já havia tentado comprar a Ferrari. Lançado no Salão de Nova York, o Pantera era uma releitura dos sucessos da Ford em corridas nos anos 60, em especial o GT40. Sobre estrutura monobloco, a carroceria de aço desenhada pelo estúdio Ghia era moderna e tipicamente italiana.

De Tomaso Pantera modelo 1972, automóvel testado pela revista Quatro Rodas
Motor V8 do De Tomaso Pantera (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Atrás dos bancos ficava o motor Ford V8 351, de 5,8 litros e 310 cv, e o câmbio manual ZF de cinco marchas. A suspensão era independente nas quatro rodas, todas com freio a disco. Ele ia a 100 km/h em 5,6 segundos e atingia 260 km/h. Nos EUA, era vendido em autorizadas Lincoln-Mercury, com direito a vidros elétricos e ar-condicionado.

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O De Tomaso Pantera faz jus a seu nome, como prova o exemplar 1972 das fotos. As respostas são agressivas e a aceleração, violenta. Dosar o pé é essencial. Bem atrás do piloto, o motor faz o corpo todo vibrar. Pelo retrovisor, vê-se o filtro de ar trepidar. Sentem-se as imperfeições do asfalto nas mãos. Os engates do câmbio são facilitados pela grelha clássica, embora a alavanca e a embreagem sejam relativamente pesadas.

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De Tomaso Pantera modelo 1972, automóvel testado pela revista Quatro Rodas
O painel do De Tomaso Pantera modelo 1972 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

A parceria De Tomaso e Ford se encerrou no fim de 1974 e, com ela, a importação para os EUA. Mas novas versões reforçariam seu apelo para a preparação e a customização. O Pantera GT5 de 1980 ganhou vários itens aerodinâmicos que deixaram o visual mais pesado. Cinco anos depois, o GT5-S trouxe a primeira mudança profunda no visual, com nova frente.

De Tomaso Pantera SI 1990
De Tomaso Pantera SI 1990 (Reprodução/Internet)
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Marcello Gandini, criador dos Lamborghini Miura e Countach, atualizou o desenho em 1989, junto de melhorias mecânicas. O visual ficou mais retilíneo e carregado, com spoiler e acessórios aerodinâmicos. Agora o modelo usava chassi tubular. Rodas de liga com freios Brembo ventilados e nova suspensão completavam o pacote. Em 1991, ganhou um V8 5.0 Ford com muita eletrônica e 305 cv. O Pantera só morreria em 1993, após 23 anos, mostrando o tamanho do fôlego desse felino.

Ficha técnica – De Tomaso Pantera 1972

  • Motor: V8 de 5,8 litros
  • Potência: 310 cv a 5 400 rpm
  • Câmbio: manual de 5 marchas
  • Carroceria: cupê
  • Dimensões: comprimento, 424 cm; largura, 170 cm; altura, 110 cm; entre-eixos, 251 cm; peso, 1300 kg
  • Desempenho: 0 a 100 km/h em 5,6 segundos, velocidade máxima de 260 km/h
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