Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Fiat 1100 foi o sedã que impressionou até Enzo Ferrari

Rápido, veloz e estável, o pequeno sedã familiar Fiat 1100 tinha virtudes suficientes para impressionar até o comendador Enzo Ferrari

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 dez 2021, 08h49
Fiat 1100 3x4
 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Continua após publicidade

A década de 1950 foi um período muito feliz para a Fiat. Foi quando a gigante de Turim apresentou o modelo 1400, seu primeiro automóvel com estrutura monobloco. Bem-sucedido, o novo conceito técnico voltou a ser empregado em uma das estrelas do Salão de Genebra de 1953: o Nuova 1100.

Black Friday! Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 6,90

Escolhido pelo presidente Vittorio Valletta, o Projeto 103 manteve a tração traseira do antigo 1100, baseado na arquitetura mecânica do Fiat 508 de 1937. Criação do engenheiro Dante Giacosa, a nova geração era maior e mais espaçosa, mas mantinha dirigibilidade refinada e a relação peso/potência do antecessor.

Fiat 1100 traseira
Frisos cromados eram exclusivos da versão luxuosa Tipo B” (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O sedã tinha quatro portas e quatro lugares – extraoficialmente, porém, o Millecento carregava até seis pessoas. A perua Familiare oferecia a opção de dois assentos adicionais para crianças. Ambos tinham 3,9 m de comprimento, 1,46 m de largura, 1,47 m de altura e 2,34 m entre os eixos.

Fiat 1100 frontal
Portas dianteiras com abertura invertida foram usadas até o final dos anos 1950 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Motor, câmbio e suspensão dianteira independente eram montados em subchassi ainda mais elaborado que o do Fiat 1400, resultando em melhor isolamento de vibrações. A suspensão traseira adotava eixo rígido com molas semielípticas e os freios a tambor nas quatro rodas tinham acionamento hidráulico. Seu comportamento dinâmico era notável, principalmente frente aos ariscos Fusca e Dauphine.

Fiat 1100 motor
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O 1100 Normale tinha duas versões de acabamento. A espartana Tipo A era sempre pintada na cor cinza e vinha com bancos dianteiros individuais. A Tipo B, mais requintada, oferecia vários tons de pintura, banco dianteiro inteiriço, frisos cromados na carroceria, ventilação forçada com aquecedor, pneus de faixa branca e rádio. Ambas eram impulsionadas pelo decano motor de 1.089 cm3, com três mancais para o virabrequim, bloco de ferro e válvulas no cabeçote de alumínio. Seus 36 cv a 4.400 rpm levavam o Millecento a 115 km/h e o torque máximo de 7 kgfm a 2.500 rpm era bem aproveitado pelo câmbio de quatro marchas, com aceleração de 0 a 100 km/h em pouco mais de 30 segundos.

Continua após a publicidade
Fiat 1100 velocímetro
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O conjunto mecânico do 1100 era tão bom que foi utilizado por inúmeros esportivos italianos como os Stanguellini, Bandini, Siata e Osca. A versão Turismo Veloce tinha taxa de compressão mais alta e carburador Weber de corpo duplo: a potência saltava para 50 cv, suficientes para levá-lo a 135 km/h. Sempre pintado de duas cores, o 1100 TV trazia cardã bipartido, câmbio reescalonado e farol de neblina inserido na grade dianteira. Fez relativo sucesso em ralis e foi publicamente elogiado por Enzo Ferrari.

Fiat 1100 combustível
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em 1956, a primeira reestilização: a série 103 recebeu alterações na grade, indicadores de direção e lanternas traseiras. O painel foi redesenhado e o encosto do banco traseiro do sedã passou a ser rebatível. Os motores ficaram mais potentes: 40 cv no Normale e 53 cv no Turismo Veloce.

Painel do Fiat 1100 visto do banco do motorista
Alavanca do câmbio na coluna garantia o espaço do sexto passageiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em 1958, o 1100 recebeu discretos rabos de peixe e novo vidro traseiro. Em 1960, o Millecento Special passa a utilizar a mesma carroceria do Fiat 1200, com portas dianteiras de abertura convencional e opção de embreagem automática Saxomat. Apresentado em 1962, o 1100D manteve sua popularidade mesmo após a chegada do Fiat 124, em 1966, sendo sucedido pelo 1100R em 1967.

Continua após a publicidade
Fiat 1100 Bancos
As fileiras de bancos do Fiat 1100 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Sucesso mundial, o 1100 também foi produzido na Argentina e Alemanha e montado sob licença na Austrália, Irã, Marrocos, Iugoslávia e Taiwan. A produção italiana foi encerrada em 1969 com a chegada do Fiat 128, mas continuou na Índia até 2001. Por lá, o Millecento ainda faz sucesso no mercado de usados.

Ficha Técnica: Fiat 1100 1955

  • Motor: 4 cilindros em linha de 1,1 litro.
  • Torque: 7,03 kgfm a 2.500 rpm;
  • Potência: 36 cv a 4.400 rpm
  • Câmbio: manual de 4 velocidades, tração traseira
  • Carroceria: fechada, 4 portas, 4 lugares
  • Dimensões: comprimento, 390 cm; largura, 146 cm; altura, 147 cm; entre-eixos, 234 cm; peso, 850 kg

Desempenho:

  • Aceleração de 0 a 96 km/h: 18,9 segundos;
  • Velocidade máxima: 115 km/h

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.

A edição 750 de QUATRO RODAS já está nas bancas!
A edição 750 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.