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Ford Mustang dispensou mecânica mazda para voltar às origens nos anos 1990

Atendendo a pedidos, a Ford manteve o motor V8 e a tração traseira em seu esportivo mais famoso, garantindo dez anos de sucesso no mercado

Por Felipe Bitu
Atualizado em 16 abr 2022, 09h16 - Publicado em 16 abr 2022, 09h15
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  • Ford Mustang
    A quarta geração foi inspirada no conceito Mach III, de 1993  (FErnando Pires/Quatro Rodas)

    Poucos sabem, mas o americaníssimo Ford Mustang se livrou por pouco da tração dianteira e do DNA japonês. Desenvolvido pela Mazda, o projeto provocou a ira dos entusiastas do pony car e por isso acabou originando o Ford Probe, em 1989. A tradição do motor V8 e da tração traseira foram respeitadas e marcaram presença na quarta geração do Mustang, em 1994.

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    Baseado na plataforma da geração anterior, o novo Mustang apresentava evoluções estruturais para aumentar a rigidez do monobloco.

    As proporções originais do modelo foram mantidas, com três volumes de linhas arredondadas no cupê (um falso hardtop) e no conversível. Era impossível ficar indiferente ao resgate de detalhes como o emblema do cavalo galopante na dianteira e as lanternas triplas.

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    Ford Mustang
    Versão GT trazia inscrição no para-choque traseiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    Ford Mustang
    V8 de 4,9 litros era um projeto dos anos 60 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A eliminação dos motores de quatro cilindros indicava um retorno às origens: o Mustang de entrada era impulsionado por um V6 de 3.8 e 145 cv, enquanto o GT recebia o tradicional V8 Windsor de 4.9 e 215 cv. O câmbio manual de cinco marchas era item de série, mas ambos ofereciam o automático de quatro marchas como opcional.

    As duas versões tinham freios a disco nas quatro rodas, com ABS opcional. A suspensão dianteira McPherson e a traseira por eixo rígido tinham acerto voltado para o conforto, sem comprometer o comportamento: no GT os pneus 245/45 montados em rodas de 17 polegadas eram oferecidos como opcional.

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    O GT acelerava de 0 a 96 km/h em 6,1 segundos e chegava aos 220 km/h de máxima. Meses depois, surgiu a versão SVT Cobra, com 240 cv e aceleração de 0 a 96 km/h em 5,9 segundos. Pouco mais de 11.000 unidades foram produzidas até 1995.

    Ford Mustang
    Transmissão e piloto automáticos: mais norte–americano impossível (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O lendário Shelby GT350 de 1965 foi superado pelo Cobra R em 1995, com seu V8 de 5.7 e 380 cv. Precisava de apenas 5,4 segundos para acelerar de 0 a 96 km/h e chegava aos 243 km/h. Foram produzidas apenas 250 unidades do Cobra R em 1995, todas na cor branca.

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    O modelo 1996 marcou a chegada do V8 Ford Modular de 4,6 litros, com comando de válvulas nos cabeçotes de alumínio.

    Apesar de menor, o novo V8 mantinha a mesma potência do velho Windsor, com a vantagem do consumo menor. No SVT Cobra, o mesmo V8 recebia bloco de alumínio e saltava para 305 cv graças ao duplo comando e quatro válvulas por cilindro.

    Ford Mustang
    Conforto para quatro ocupantes e capota com acionamento elétrico. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Em 1998, o motor do GT foi recalibrado para render 225 cv. No ano seguinte, o Mustang foi reestilizado com linhas retas e angulosas do estilo New Edge.

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    A potência do motor V6 saltou para 190 cv, enquanto o V8 chegava a 260 cv. O SVT Cobra entregava nada menos que 320 cv e uma importante novidade: suspensão traseira independente. A virada do milênio marcou o retorno do Cobra R, agora com o V8 Modular de 5.4 e 385 cv.

    Ford Mustang
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

     

    Era um carro de pista homologado para as ruas: ia de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e chegava aos 273 km/h de máxima em total segurança graças aos apêndices aerodinâmicos, molas Eibach, amortecedores Bilstein, freios Brembo e enormes pneus 265/40 R18.

    O GT Bullitt foi apresentado em 2001 com claras referências ao Mustang pilotado por Steve McQueen no filme homônimo.

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    Mais de 3.000 unidades foram pintadas na cor verde, sempre com as rodas Torq Thrust de 17 polegadas em tom grafite. O motor modular era recalibrado para render 265 cv e a suspensão trazia amortecedores Tokico.

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    Ford Mustang
    Lateral foi inspirada na primeira geração (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A aposentadoria do Chevrolet Camaro e do Pontiac Firebird em nada afetou o Mustang: a lendária versão Mach 1 retornou em 2003, com as clássicas rodas Magnum 500.

    Nesse mesmo ano, o SVT Cobra oferecia 390 cv graças a um compressor Eaton. O sucesso da quarta geração chegou ao fim em maio de 2004, totalizando 1.679.285 unidades produzidas em dez anos de vida.

    Ficha técnica – Ford Mustang GT 1995

    Motor: longitudinal, 8 cilindros em “V”, 4.942 cm3, alimentação por injeção eletrônica
    Potência: 215 cv a 4.200 rpm
    Torque: 39,4 kgfm a 3.400 rpm
    Câmbio: automático de 4 marchas, tração traseira
    Carroceria: aberta, 2 portas, 4 lugares
    Dimensões: comprimento, 457 cm; largura, 178 cm; altura, 132 cm; entre-eixos, 262 cm; peso, 1.565 kg
    Pneus: 245/45 ZR17

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