Chery terá fábrica de carros elétricos na Argentina
Nova fábrica teria capacidade para fabricar até 50.000 unidades por ano; órgãos do governo local falam em carro de quatro lugares
A Chery está se preparando para construir uma fábrica dedicada a carros elétricos na Argentina. As nova unidade teria capacidade para produzir até 50.000 carros por ano e será instalada na província de Santa Fé, no centro-leste do país e cuja capital (Santa Fé) fica a cerca de 470 km de Buenos Aires.
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Esta fábrica não teria relação com a Caoa Chery, que representa a marca no Brasil, mas sim com a matriz da empresa, na China. A confirmação partiu da diretora executiva da Argenchina (Câmara Argentina-Chinesa de Produção, Indústria e Comércio), Alejandra Conconi, às vésperas de uma visita do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à China.
O embaixador argentino na China já havia antecipado a negociação. Além da possibilidade da capacidade produtiva escalar até as 50.000 unidades, anteciparam que a produção começaria por um carro elétrico de quatro lugares, uma definição que se aplica tanto ao QQ Ice Cream quanto ao eQ1.
Os menores carros elétricos da Chery
O Chery eQ1, inclusive, já está em testes no Brasil e pode ser lançado ainda em 2022. É um subcompacto com foco urbano e conceito é similar ao do Smart ForTwo: um pequeno monobloco feito em alumínio e coberto por peças plásticas coloridas. São só 3,2 m de comprimento e 2,15 de entre-eixos.
As baterias de Ion-Lítio dão autonomia de 301 km (ciclo NEDC, menos rigoroso), justificável pelo motor de modestos 40 cv e 12,2 kgfm. Tem central multimídia de 10’’, quadro de instrumentos de LCD, assistente de estacionamento e suspensão independente e é vendido por menos de R$ 60.000 na China.
O novo Chery QQ Ice Cream, por sua vez, é ainda mais fraco e barato: seus preços na China partem dos 29.900 yuan, o equivalente a R$ 26.000. Tem meros 2,98 m de comprimento e 1,96 m de entre-eixos, e leva até quatro passageiros. O segredo para isso é abrir mão do porta-malas, onde ergue-se o banco traseiro.
A versão mais barata chama-se Pudim (é sério!) e não tem ar-condicionado, só aquecimento do ar. Mas monitor de pressão dos pneus, sensores de ré, câmera de ré e assistente de partida em rampa são equipamentos de série. A bateria de 9,6 kWh garante autonomia para 120 km no ciclo NEDC.
A versão intermediária, Casquinha, e a topo de linha, Sundae, têm bateria de 13,6 kWh, elevando a autonomia para 170 km (NEDC) e o tempo de recarga de 6 para 8 horas em tomada doméstica. O motor é sempre o mesmo, um elétrico síncrono com 27 cv e 8,5 kgfm. É suficiente para ter máxima acima dos 100 km/h. A tração é traseira e, como o antigo QQ, a suspensão traseira é por eixo rígido.