China: vendas de carros eletrificados ultrapassarão modelos a combustão já em 2025
Os resultados foram maiores que o esperado e os carros eletrificados podem ultrapassar os modelos a gasolina dez anos antes do previsto

O mercado de carros eletrificados segue crescendo a todo vapor na China e deve prosseguir nos próximos anos. O crescimento foi (e está sendo) tão grande, a ponto das vendas de elétricos superarem os carros a combustão 10 anos antes do previsto.
Em 2020, os chineses estabeleceram a meta de vender mais carros elétricos e híbridos plug-in do que carros a combustão até 2035. Mas as vendas em conjunto destes segmentos ultrapassarão os modelos a combustão já em 2025.
Segundo previsões de empresas como UBS, HSBC, Morningstar e Wood Mackenzie, as vendas de “EVs” – que inclui carros híbridos plug-in e elétricos – devem atingir 12 milhões de unidades em 2025, um crescimento de 20% em relação a 2024. Já os modelos a combustão terão uma queda de 10% nas vendas, ficando abaixo de 11 milhões de unidades.

A meta do governo chinês era equilibrar em 50/50 as vendas de EVs e carros a combustão. Porém, nesse ritmo, novos objetivos deverão ser traçados.
Além disso, após ultrapassar os carros a combustão em números gerais de venda, os modelos elétricos poderão alcançar até 18 milhões de unidades anuais até 2034, segundo o The Financial Times. Em contrapartida, os carros a gasolina venderão cada vez menos, podendo chegar a apenas 2,9 milhões de unidades vendidas em 2034.
Outro dado muito importante dessas pesquisas é o afunilamento do mercado. Atualmente o mercado chinês está farto de montadoras, mas, ao longo dos anos, a concorrência se acirrará, fazendo muitas marcas desaparecerem.

“Embora o setor doméstico de EVs da China esteja claramente florescendo, ele também está enfrentando um crescimento lento — de uma base muito alta — excesso de oferta de modelos, competição intensa e uma guerra de preços. A direção de longo prazo da viagem é clara: o rolo compressor de EV da China é imparável”, diz o analista do HSBC Yuqian Ding.
Esse crescimento desenfreado do mercado chinês já começou a se espalhar para outros países. Um grande exemplo é o próprio Brasil, com o crescimento de algumas marcas por aqui.