Citroën e Peugeot chegaram à conclusão de que ser “verde” é o caminho para o sucesso, seja entre clientes ou acionistas. E é de olho no verde da natureza e da contabilidade que a dupla anunciou os preços de e-Jumpy e e-Expert, furgões à venda há anos no Brasil e que agora contam com versões elétricas no país.
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Em versões únicas, as vans chegam às lojas nesta segunda-feira (29), custando R$ 329.990 cada. O preço supera a Ducato topo de linha, por exemplo, mas a promessa é de retorno a médio prazo, com custo de revisões 60% menor e garantia de oito anos (ou 160.000 km) às baterias.
Posicionadas sob o assoalho, elas auxiliam na estabilidade do furgão e não comprometem o espaço destinado para até 1 tonelada de carga — o que exige apenas carteira B do motorista. Os 75 kWh de capacidade superam muitos carros elétricos de luxo, atingindo uma autonomia, em condições ótimas, de até 330 km.
Nesse caso, o mérito é bastante do modo One Pedal, no qual a frenagem é realizada apenas pelo processo de conversão de energia cinética em eletricidade. Assim, é possível controlar o furgão apenas pelo pedal do acelerador, que uma vez solto já faz com que haja desaceleração.
Obviamente o mundo real é mais cruel, e uma carga completa renderá quase sempre menos do que esses 330 k. Como a proposta desses veículos, entretanto, é realizar a última etapa de fretes (o chamado last mile) que conecta depósitos locais ao endereço do destinatário, a autonomia não deve ser problema.
Como na Europa e Ásia, onde esses utilitários já têm uso consagrado, a ideia é carregá-los fora do horário de serviço. Mesmo assim, um intervalo de almoço já é suficiente para que tanto e-Jumpy quanto e-Expert possam carregar mais de 80% do total.
Quase gêmeas
Ambos os modelos compartilham mecânica idêntica, com plataforma EMP2 e motor dianteiro. São 136 cv, com velocidade máxima de 130 km/h e torque instantâneo de 26,5 kgfm, ideal para retomadas ágeis em semáforos e engarrafamentos.
As diferenças entre e-Jumpy e e-Expert são basicamente estéticas, se limitando aos faróis e detalhes como os emblemas de carroceria e volante.
Internamente, uma central multimídia de 7’’ é compatível com Android Auto e Apple Carplay, mas aplicativos feitos em parceria com terceiros também servem para que o condutor calcule da melhor forma possível seu trajeto, sem descarregar o carro.
O painel de instrumentos agora é digital, exibido através de um display colorido de 3,5’’ que funciona em sintonia com os três modos de condução, mais ou menos econômicos.
O espaço dos três ocupantes também é melhor aproveitado por conta do e-Toggle, como a Stellantis chama a chave que substitui a alavanca de câmbio.
Para garantir que clientes vindos do mundo do petróleo se adaptem bem, o conglomerado também investiu no pós-venda, de modo que, já no começo de 2022, toda a rede de concessionárias saiba lidar com os elétricos comerciais.
Além disso, reforça a marca, haverá inauguração de lojas exclusivas para elétricos (e-Centers), centro de manutenção nacional em Betim (MG) e suporte 24/7, para que mesmo emergências na madrugada não causem arrependimento a quem, ainda no início dos anos 20, decidiu conectar seu negócio à tomada.
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