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Compass elétrico? Leapmotor B10 será lançado no Brasil ainda em 2025

Ainda uma startup na China, a Leapmotor chegará ao Brasil com status de marca e com seus SUVs mais promissores

Por Henrique Rodriguez, de Hangzhou (China)
Atualizado em 22 abr 2025, 17h57 - Publicado em 22 abr 2025, 14h00
Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
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Antes mesmo de iniciar as suas vendas no Brasil, a Leapmotor fez uma correção de rota para o início das suas operações no Brasil: desistiu do lançamento do seu carro mais barato. Em vez disso, porém, acelerou a chegada do seu modelo mais promissor.

Startup chinesa que teve parte das suas ações compradas pela Stellantis, a Leapmotor tem o conglomerado que lidera as vendas no Brasil, por controlar Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën, por trás. Mas a grande novidade está em não popularizar tanto a estratégia da nova marca no início das vendas, no segundo semestre.

Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Divulgação/Leapmotor)

Quem teve seu lançamento cancelado foi o pequeno Leapmotor T03, um produto mais antigo e com trejeitos de Fiat Mobi elétrico. Na China, tem motor de 109 cv e bateria que garante até 280 km de autonomia.

Quem foi favorecido com esta decisão foi o Leapmotor B10, um SUV médio também elétrico que está chegando ao mercado chinês agora. É o produto mais alinhado com o gosto ocidental, seja do cliente brasileiro ou do europeu.

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Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Leapmotor/Divulgação)

O porte do Leapmotor B10 é equivalente ao de um Jeep Compass, mas com vantagem de 10 cm no comprimento e entre-eixos. Ao todo, são 4,51 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,65 m de altura e 2,74 m de entre-eixos. São medidas superiores, também, às de futuros rivais como BYD Yuan Plus e Geely EX5.

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A cabine é típica de um carro chinês, com todos os comandos necessários delegados para a tel central de 14,6 polegadas. Não há absolutamente nenhum botão no painel ou no console central, pois até para ligar os faróis ou o pisca-alerta é preciso recorrer à central multimídia. O painel, porem, tem alguns buracos estilizados à frente do carona prontos para a instalação de acessórios, como uma mesa dobrável.

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Um ponto muito positivo é o conforto dos bancos. Tanto os dianteiros (com ajuste elétrico e ventilação) quanto os elétricos têm a seção central do assento e do encosto com enchimento de fibras siliconizadas, o que dá uma textura próxima aquela de um travesseiro, porque o vinil usado também é muito macio.

Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Leapmotor/Divulgação)

Os carros com os quais a imprensa brasileira teve um primeiro contato, ainda sem poder dirigir, tinham motor elétrico traseiro de 218 cv e 24,5 kgfm, e duas opções de baterias: com 56,2 kWh para rodar até 380 km (WLTP) e 67,1 kWh para rodar até 460 km (WLTP) entre as recargas. As baterias são sempre LFP (fosfato de ferro-lítio) e estão integradas ao chassi.

Este é o primeiro carro com a arquitetura Leap 3.5, que traz avanços na interface eletrônica graças a uma nova família de chips Snapdragon. O principal avanço está em integrar três módulos eletrônicos em apenas um, otimizando funções como o gerenciamento térmico do carro em 25%, permitindo uma recarga de 30 a 80% em 19 minutos.

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Outros chips da Qualcomm cuidam de outras funções avançadas. O 8650, inédito em um carro, tem 4 nm e se encarrega de processar as informações do radar a laser (LiDAR) no teto, restrito às versões mais caras, junto com modelos de inteligências artificiais durante a condução autônoma na cidade.

Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Divulgação/Leapmotor)

Outro processador, o Qualcomm 8295, roda o Leapmotor OS 4.0 Plus da central multimídia, que é bastante fluida e funciona com integração de IAs como DeepSeek e Qwen. O objetivo com tudo isso é deixar os comandos do carro mais rápidos e integrados entre si. 

Na verdade, essas funções mais avançadas de condução autônoma não devem chegar ao Brasil ainda. Neste primeiro momento, a Leapmotor está mais preocupada em aproveitar toda a experiência da Stellantis na América do Sul para acertar seus mais novos carros elétricos. Ou seja, deixar suspensão e direção, por exemplo, do jeito que nós gostamos. Foi por isso que os chineses não deixaram dirigir o B10 ainda.

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Leapmotor B10
Leapmotor B10 (Leapmotor/Divulgação)

Na outra ponta, a Leapmotor já tem 34 concessionárias com contrato assinado para o início das vendas no Brasil. Uma parte delas será exclusiva para a marca chinesa, mas outras estarão no mesmo complexo de marcas como Jeep, Fiat, Peugeot e Citroën, com seu respectivo salão isolado.

Leapmotor C10 2025
Leapmotor C10 (Divulgação/Leapmotor)

Pelo cronograma da Leapmotor no Brasil, o B10 deverá ser lançado no último trimestre, após o irmão maior C10. Os preços do SUV elétrico de entrada deverão ficar na casa dos R$ 230.000, assim como seus rivais. Já o C10 teria preço ao redor dos R$ 270.000, justificando o entre-eixos de 2,82 m e o motor, que poderá ter até 295 cv.

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Quatro carros até 2027

Leapmotor C01
Leapmotor C01 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

O planejamento da Leapmotor é para ter uma gama de produtos no Brasil composta por quatro carros dentro de até dois anos. Depois do B10, o lançamento seguinte seria o C16, uma versão ainda maior do C10 (com 18 cm a mais no comprimento) e terceira fila de assentos, com um total de seis lugares.

O quarto modelo será um sedã. Poderia ser o C01, um três-volumes elétrico com o porte de um BYD Seal, porém mais simples. Ou mesmo o novo Leapmotor B01, que será apresentado nesta semana no Salão de Xangai, e que tem porte menor, equivalente a um BYD King, mas elétrico e com ou 180 cv ou 218 cv.

A fabricante não descarta, ainda, o lançamento de versões dos seus elétricos com sistema de autonomia estendida. Neles, a bateria tem apenas 30 kWh enquanto um motor 1.5 de 133 cv é instalado sob o capô só para gerar energia elétrica quando necessário, sem que sua força chegue às rodas. É um conceito similar ao do antigo BMW i3. O motor 1.5, aliás, poderia ser adaptado para o etanol brasileiro.

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