Carros elétricos

Em breve no Brasil, MG Cyberster, S5 e MG4 têm autonomia revelada pelo Inmetro

Marca britânica retornará ao país pelas mãos da chinesa SAIC com hatch, SUV e até mesmo um cupê esportivo, todos elétricos

Por Nicolas Tavares
Atualizado em 31 jul 2025, 12h02 - Publicado em 31 jul 2025, 11h59

Mais um gurpo chinês está estruturando sua operação no Brasil. Trata-se da SAIC, uma das quatro maiores fabricantes estatais da China e que usará um outro nome no país, vendendo seus carros sob a marca inglesa MG. A empresa já homologou três carros elétricos, que tiveram suas autonomias reveladas pelo Inmetro.

A MG já foi vendida no Brasil, por importação oficial feita pela Forest Trade entre 2011 e 2013. Desta vez, será uma operação oficial. A marca inglesa foi adquirida pela SAIC em 2007 e foi transformada em seu braço global, buscando aproveitar a força de um nome já bem conhecido no ocidente, vendendo não só os carros desenvolvidos especialmente para a MG como também rebatizando modelos de outras submarcas da SAIC como Roewe e Maxus.

MG 4 EV em testes (Richardson de Souza/Quatro Rodas)

O fato de aparecerem na tabela do Inmetro é um bom indicativo de que podem ser vendidos por aqui, por terem sido homologados. Ainda assim, devemos considerar que a MG pode mudar de ideia até o início da operação nacional.

O primeiro carro a aparecer na lista do Inmetro é o MG4, um hatchback médio com 4,29 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,52 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Foi atualizado recentemente na China, ficando ainda maior, com 4,39 m de comprimento, além de receber mais tecnologias e um novo design.

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MG4-EV-XPower — MG4 na versão esportiva XPower (MG/Divulgação)

De acordo com o Inmetro, deve ser oferecido em duas versões. A primeira será a versão Luxury de tração traseira, com uma autonomia de 364 km. Já a configuração topo de linha Xpower, com uma pegada mais esportiva, contará com tração integral, reduzindo o alcance para 279 km. Ambas terão uma bateria de níquel-manganês-cobalt (NMC) de 64 kWh.

Quando equipado com apenas um motor traseiro, o MG4 terá 204 cv e 25,5 kgfm, suficientes para que acelere de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. A versão de tração integral reposiciona o motor de 204 cv no eixo dianteiro e adicional um segundo de 231 cv no traseiro, entregando um total de 435 cv e 61,2 kgfm. A fabricante diz que alcança os 100 km/h em 3,8 segundos.

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É importante ficar atento, porque o modelo já tem uma nova geração na China.

O segundo modelo da linha será um SUV médio, o MG S5. Assim como tantos outros carros chineses que chegaram ao país recentemente, terá um pote bem próximo do Jeep Compass. São 4,48 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,62 m de altura e um entre-eixos de 2,73 m.

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Se seguir o que está no Inmetro, também contará com duas versões chamadas Comfort e Luxury. Porém, ao contrário do MG4, a diferença será nos equipamentos, e não na mecânica. Ambos contam com uma bateria de 62 kWh, capacidade o suficiente para que a autonomia seja de 351 km.

A dúvida é sobre qual será o motor a ser utilizado. Alguns mercados utilizam um propulsor dianteiro de 170 cv, enquanto outros elevam a potência para 245 cv. Pelo alcance homologado de 351 km, o mais provável é que a versão para o Brasil seja a de 170 cv.

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A surpresa é a homologação do MG Cyberster, um cupê esportivo, um tipo de carro que as outras marcas chinesas tem trazido ao país apenas para mostrá-lo em eventos, como a BYD com o Yangwang U9 e a GAC com o Hyptec SSR.

Não é tão extremo quanto os carros das outras marcas, tanto é que custa 319.800 yuan (o equivalente a R$ 249.493). É até pequeno, com 4,53 m de comprimento. A versão indicada pelo Inmetro para o Brasil é a mais potente, com dois motores, e tração integral, entregando 544 cv e 73,9 kgfm de torque. Os números de fábrica indicam que chega a 100 km/h em 3,2 s. A bateria é de 77 kWh e o Inmetro diz que a autonomia é de 342 km.

Como revelado por Henrique Sampaio diretor de Marketing e Produto da SAIC no Brasil, a fabricante ainda está trabalhando para estruturar a operação brasileira. O executivo diz que há chances de que as vendas comecem ainda em 2025, mas o mais provável é que a estreia fique para o 1º semestre de 2026.