Há apenas quatro anos, a Ferrari revelou o SF90, seu primeiro carro de produção com um trem de força híbrido. Desde então, a marca italiana fez uma transição em direção à eletrificação, com seus modelos assistidos eletricamente e agora eles já superam as vendas de seus companheiros com motores a combustão.
De acordo com o Financial Times, 51% das Ferrari vendidas entre julho e setembro eram equipadas com tecnologia híbrida, um aumento significativo frente aos 43% registrados nos três meses anteriores a julho. No ano passado, os híbridos contribuíram com apenas 19% do total geral de vendas da empresa.
Mas o que está impulsionando essa mudança nas preferências dos compradores da Ferrari é a oferta limitada de modelos a combustão. Conhecida muito pela ênfase na potência e no desempenho, agora está focada em usar os motores elétricos a favor do desempenho.
Os modelos que impulsionaram o crescimento nas vendas durante o último trimestre foram as Ferrari 296 e SF90, ambos disponíveis apenas com motor híbrido plug-in. Porém, os compradores que buscam um carro esportivo básico ou intermediário com motores traseiros têm a opção de escolher entre os modelos híbridos da marca.
Os motores a combustão ainda têm seu lugar na linha da Ferrari, como evidenciado pelo aumento na produção do Purosangue por alta demanda, que atualmente só está disponível com um V12 não híbrido. Espera-se que o SUV represente cerca de 20% de todas as vendas da Ferrari no próximo ano, possibilitando equilibrar o cenário de vendas em favor dos motores a combustão.