A Mercedes-Benz já provou que não está para brincadeira quando o assunto é a eletrificação. Só no Salão de Munique, a marca apresentou o conceito EQG, baseado no jipão Classe G, o EQS AMG, primeiro elétrico da linha esportiva AMG, e o sedã intermediário EQE, que promete oferecer “todas as funções essenciais do EQS em um formato mais compacto”.
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De compacto, porém, o EQE não tem nada: ele tem dimensões de CLS, com 4,95 metros de comprimento, 1,96 m de largura e baixos 1,51 m de altura. Por dentro, a montadora garante que há mais espaço do que no Classe E, que é o equivalente a combustão do sedã elétrico.
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As medidas são combinadas a um visual que se assemelha bastante ao do EQS, com formato curvo e volumes pouco definidos. Na dianteira, os faróis são maiores e têm linhas mais irregulares do que no “irmão” maior. A grade é totalmente fechada, com acabamento preto brilhante, e pode apresentar uma iluminação com efeito tridimensional. Essa iluminação expõe diversas estrelas de três pontas, replicando o logo da Mercedes-Benz.
A traseira, com caída de cupê, tem lanternas interligadas. Acima delas, há um discreto aerofólio enquanto, na base do para-choque, uma variedade de texturas busca ocupar o lugar deixado pela ausência de saídas de escape. As rodas variam entre 19 e 21 polegadas.
Telas e luzes
Também como no EQS, o EQE tem um interior de ares futuristas com três grandes telas: duas de 12,3 polegadas, sendo uma para o quadro de instrumentos e outra à frente do passageiro, e uma terceira, de 17,7 polegadas, que ocupa o centro do painel e substitui todos os comandos físicos localizados naquela região. Todas elas podem ser personalizadas, seguindo um dos três estilos de exibição (Discreto, Esportivo ou Clássico) e três modos (Navegação, Assistência e Serviço).
Por segurança, a tela do passageiro não pode ser vista pelo motorista. Um sistema de câmeras detecta quando o motorista olha para a tela mais à direita e escurece o visor. O sistema também sabe quando um passageiro está ali. Caso não esteja, a tela passa a mostrar imagens decorativas.
De acordo com a marca, sensores ajustam automaticamente o brilho de cada uma das telas de acordo com a luz que invade a cabine e extensos estudos foram conduzidos para reduzir os reflexos. Além disso, a imensa placa de vidro é resistente a altas temperaturas.
Aos que podem se desesperar com riscos e sujeira, a fabricante também garante que a superfície é resistente a arranhões e pode ser facilmente limpa com panos de microfibra, seja para tirar pó ou marcas de dedos.
Além da variedade de telas, o interior é cheio de curvas e luzes, como em volta do painel, nas portas e debaixo do console central “flutuante”. No volante, os comandos são sensíveis ao toque. A central multimídia é conectada a um sistema de som de alta qualidade da grife Burmester.
Mecânica tecnológica
O EQE 350 é equipado com dois motores elétricos que enviam 292 cv de potência e 54,06 kgfm de torque ao eixo traseiro, e têm autonomia de até 660 km no ciclo europeu WLTP. A marca não divulgou dados de desempenho do modelo, mas garantiu que novas configurações estão a caminho, incluindo uma esportiva AMG, que enviará força também para o eixo dianteiro pela tração integral 4Matic.
Apesar de não representarem grande recuperação, há três níveis diferentes de regeneração de energia no EQE: D, D+ e D-. Eles variam na intensidade do sistema “one pedal”, que desacelera o veículo assim que o motorista tira o pé do acelerador, otimizando a dirigibilidade urbana, recuperando energia e poupando os freios.
Como opcional, o modelo pode ter um sistema de suspensão pneumática Airmatic com amortecimento adaptativo. No modo de condução Sport, por exemplo, o veículo é rebaixado em 2 centímetros acima de 120 km/h para reduzir o arrasto aerodinâmico. Existem outros ajustes automáticos e manuais de acordo com situações, velocidades e modos de condução.
Outro item opcional é o eixo traseiro dinâmico, com esterço de até 10°, dependendo do tamanho da roda escolhida. Com o sistema, o diâmetro de giro do sedã é reduzido de 12,5 para 10,7 metros.