Monovolume do Logan ganha motor híbrido que poderá ser nacional
Conjunto é o mesmo já utilizado nos Renault Clio e Captur, além do Nissan Juke, e poderia equipar futuro SUV feito em São José dos Pinhais (PR)
Enquanto a Renault já acumula anos de experiência com a eletrificação, só agora sua subsidiária romena, a Dacia, ganhará seu primeiro modelo eletrificado. O Jogger, monovolume baseado no Logan, passará a ser, segundo o Grupo Renault, “o carro familiar híbrido mais acessível do mercado” na França. Mais do que isso, ele adiantará o que poderemos ter em breve no Brasil.
Mesmo fazendo parte de uma gama de baixo custo, o Jogger Hybrid 140 (que partirá de R$ 135.000 na França, em conversão direta) adota itens como quadro de instrumentos digital de 7″, com grafismos exclusivos e informações sobre a bateria e o fluxo de energia, freio de estacionamento eletrônico e ar-condicionado digital. É possível notar, no entanto, a maior simplicidade de acabamento.
No visual, o monovolume já adota a nova identidade da linha Sandero/Logan, com leds em parte da iluminação, e os novos logotipos da Dacia. Assim como os “irmãos”, além de custos mais acessíveis, outro grande destaque do modelo é o espaço interno – tão bom que ele oferece até uma opção de sete lugares.
Agora, a nova configuração (já utilizada nos Renault Clio e Captur, além do Nissan Juke) busca dar um pouco mais de sofisticação mecânica ao modelo, que até então só tem motores a gasolina (turbo ou aspirado) e a gás, e sempre com câmbio manual.
O conjunto híbrido combina um motor 1.6 aspirado de 90 cv a outros dois elétricos, sendo um de 50 cv e outro que atua como um motor de partida de alta tensão. A potência combinada não foi divulgada pela Dacia, mas é esperado que o número fique perto dos 140 cv. A tração é sempre dianteira e o câmbio é um automático com quatro marchas acopladas ao motor a combustão e duas ao elétrico.
De acordo com a marca, a economia de combustível pode chegar a até 40% em ciclo urbano (comparando com o Jogger a gasolina), onde é esperado que até 80% da condução seja feita apenas com propulsão elétrica. Também segundo a Dacia, a autonomia do monovolume poderá ultrapassar os 900 km com tanque cheio e bateria carregada.
Futuro nacional
Embora os europeus Jogger, Captur, Clio e Juke não estejam nos planos do Grupo Renault para o Brasil, o conjunto híbrido está. Neste ano, a empresa anunciou um investimento de R$ 2 bilhões no Brasil para a produção de um SUV compacto inédito por aqui, previsto para ser lançado em 2024.
O modelo concorrerá com Fiat Pulse/Fastback e Volkswagen Nivus, substituirá Logan e Stepway (uma vez que o nome Sandero já foi descontinuado por aqui) e terá uma mecânica exclusiva, tornando flex o motor 1.0 turbo da Renault. Para o futuro, ele deverá ganhar uma opção híbrida – que poderá ser a que já equipa os modelos europeus.
Ainda tratado pelo codinome HJF, o futuro SUV será construído em São José dos Pinhais (PR) sobre a plataforma CMF-B, a mesma do novo Dacia Sandero. Não por acaso, o modelo roda em testes no Brasil como mula (protótipo) para o novo modelo nacional.