O Salão de Paris está se aproximando mas a Renault não quis aguardar o evento para revelar seu novo conceito Embleme. O crossover futurista é diferente de tudo que a Renault já mostrou, seja no visual ou em sua motorização elétrica com extensor de alcance de hidrogênio.
Com 4,8 m de comprimento, o Renault Embleme tem carroceria pensada na aerodinâmica combinado com toques de agressividade. A inspiração são os modelos da Renault do final dos anos 90, mas com detalhes atuais.
A frente ousa com um conjunto óptico que se estende por toda a frente. O logo da Renault fica centralizado e também é iluminado. Na parte inferior do para-choque e em sua laterais é possível ver entradas de ar.
As rodas têm formato muito diferente, mas acompanha o design da carroceria com muitos vincos, bem como as portas esculpidas e as caixas de rodas, que parecem ser construídas em fibra de carbono.
A traseira remete um pouco ao Aston Martin DBX, principalmente por seu formato. Mas no Embleme, a pegada é mais futurista, algo meio ‘cyberpunk’, e isso fica visível nas lanternas com formato totalmente inédito, além das curvas e do para-choque ‘diferentão’.
Fotos da cabine ainda não foram reveladas pela montadora francesa, mas, segundo a Renault, há muito espaço para todos os passageiros. E é de se imaginar, já que o entre-eixos do modelo é de 2,9 m. Além disso, há alguns soluções tecnológicas no interior, como câmeras que substituem os retrovisores. Mas esta alteração não tem sido tão benéfica para outras marcas, como a Audi.
O conceito está montado na plataforma AmpR Medium, uma versão atualizada do CMF-EV, que sustenta carros como o Megane E-Tech e Scenic E-Tech.
O trem de força é um pouco mais complexo, por se tratar de uma combinação de motor elétrico, bateria e célula de hidrogênio. Mas basicamente, o Embleme combina uma bateria NMC (níquel manganês cobalto) de 40 kWh com uma célula de combustível de hidrogênio, que juntos alimentam um motor elétrico de 218 cv.
A Renault não divulgou de forma completa qual a autonomia desse sistema. Mas alega que apenas a bateria já oferece “centenas de quilômetros”. Além disso, o tanque de hidrogênio de 2,8 kg acrescenta mais 350 km de alcance.
No geral, o Renault Embleme pode viajar 1.000 km com duas paradas de abastecimento do galão de hidrogênio, que duram em torno de 5 minutos, segundo a montadora. No entanto, tem que ter muita sorte para encontrar dois postos de abastecimento de hidrogênio em sua viagem, já que não é um combustível comum.
Um fator interessante deste sistema é o seu baixo peso. Estamos acostumados a carros elétricos e híbridos pesando mais de 2.000 kg, por conta do peso da bateria, principalmente. Porém, o Renault Embleme pesa apenas 1.750 kg, o que ajuda em sua eficiência.
O principal objetivo da Renault com este conceito é explorar mais soluções para a descarbonização. Além disso, segundo a empresa, a modelo reduz em 90% as emissões de CO2 do berço ao túmulo. Isso pôde ser alcançado pelo uso de materiais reciclados com baixa pegada de carbono, peças reutilizadas e uso de energia renovável na produção.
O novo conceito da Renault será apresentado ainda este mês durante o Paris Auto Show, que começa no dia 14 de outubro.