Não foi dessa vez que a Tesla bateu a meta de 1 milhão de veículo vendidos, mas foi quase. Com 936.172 emplacamentos, a empresa deve muito desse bom desempenho aos clientes europeus, que tornaram o Tesla Model 3 o seu elétrico favorito.
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Isso porque o modelo vendeu, até novembro, 113.397 unidades, um aumento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo relatório da JATO Dynamics. Para alcançá-lo, o Volkswagen ID.3, segundo colocado entre os elétricos com 63.109 veículos emplacados, teria que tirar uma diferença superior a 44.000 unidades em apenas uma mês. Os números de dezembro ainda não saíram, é tarefa praticamente impossível.
O favoritismo do europeu pelo sedã da Tesla é tamanha que, em setembro, se tornou o carro mais vendido no ranking geral, deixando o VW Golf e o Renault Sandero para trás, um feito inédito para um carro elétrico.
Já em novembro, o Model 3, mais uma vez, liderou entre sua categoria somando 10.739 emplacamentos. Um aumento de 119% se comparado ao mesmo mês em 2020.
Além do Model 3, o Tesla Model Y também contribuiu bastante para esse resultado da Tesla. Tanto é, que no último mês o modelo superou os VW ID.3 e ID.4 em vendas, atingindo a marca de 5.347 unidades.
O ano da empresa de Elon Musk foi tão bom que em 2021 a empresa aumentou em cerca de 87% suas vendas globais em relação a 2020, quando vendeu 499.647 unidades. Crescimento muito maior do que esperado pelo CEO, que já declarou que sua empresa é capaz de aumentar as vendas em 50% todos os anos.
Os números de dezembro ainda não não foram divulgados, mas em entrevista para a Autonews o analista do mercado automotivo europeu, Matthias Schmidt, disse que a previsão é que a Tesla atinja a marca de 170.000 veículos vendidos na Europa. Ainda assim, não conseguirá superar a o grupo VW, que somando as vendas de elétricos das marcas Audi, Volkswagen, Skoda, Porsche e Cupra, deve bater a marca das 300.000 unidades.
Ano bom para uns e ruim para todos
Ainda que os números sejam bons para Tesla, no geral o mercado europeu vem passando por uma séria crise, assim como o resto do mundo, muito pela escassez dos semicondutores. “Embora o mercado não tenha se recuperado totalmente da pandemia, o problema atual não está relacionado à falta de demanda, mas sim de oferta”, comenta Felipe Munoz, analista global da JATO Dynamics.
Até agora, o número geral de vendas de carros na Europa caiu 0,4% em relação a 2020, que foi considerado um ano ruim. O mês de novembro teve queda de 18% se comparado ao mesmo período do ano passado e de 29% em comparação com 2019, antes do início da pandemia do COVID-19.