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Toyota lidera patentes de baterias que prometem autonomia de 1.500 km

Nova tecnologia de baterias de estado sólido para carros elétricos supera os packs de íon-lítio, mas ainda vai demorar para ser produzida em massa

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h06 - Publicado em 27 nov 2023, 14h48
bateria em estado sólido
As baterias de estado sólido têm vantagens em alcance, velocidade de recarga e pegam menos fogo  (Divulgação/Toyota)
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As baterias de estado sólido são vistas como a grande virada no armazenamento de energia para veículos elétricos. Vários fabricantes investem cada vez mais pesado na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia, mas nenhum se destaca tanto quanto a Toyota. A marca japonesa já registrou 8.274 patentes de baterias do tipo, segundo a análise do GlobalData. 

A LG Energy Solution vem em segundo lugar, com 5.539 patentes. Curiosamente, a empresa sul-coreana assinou o maior contrato de fornecimento de baterias automotivas da sua história com o braço norte-americano da Toyota. 

As novas baterias utilizam eletrodos e eletrólitos em estado sólido, e não líquidos ou em gel, como é o caso dos packs de íon-lítio. A maior vantagem é a densidade energética muito maior, o que permite armazenar mais energia em um pacote de baterias menor e mais leve. Segundo a Toyota, isso pode fazer com que carros elétricos tenham 1.500 km de autonomia e menos de 10 minutos de tempo de recarga rápida – 10 a 80%.

A segurança é outro ponto superior, uma vez que são menos propensas a pegar fogo do que as baterias de íon-lítio.

Embora sejam promissoras, as baterias sólidas têm produção mais complexa. As camadas das células têm que ser empilhadas de maneira precisa, muito rápida e sob altíssima pressão, além de terem sensibilidade maior a fatores como umidade e oxigênio. Por outro lado, o desafio da durabilidade menor em relação às baterias de íon-lítio já foi superado, de acordo com a marca. 

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Para vencer os desafios, acelerar o processo e lançar as baterias sólidas nos próximos anos, a Toyota buscou parceria com outras empresas. Algumas são esperadas, exemplo da Panasonic, uma companhia especializada em eletrônicos e baterias, além de ser velha parceira do fabricante japonês. Mas outras são mais incomuns a um primeiro olhar, caso da Idemitsu, gigante japonesa do setor petroquímico, que extrai do refino do petróleo produtos que são usados para se obter o sulfeto de lítio, material intermediário necessário para gerar eletrólitos sólidos.

Com lançamento previsto para 2027 ou 2028, os primeiros modelos da marca a receberem a nova tecnologia devem ser carros de menor volume de produção e preço mais elevado, o que permitirá absorver melhor o custo. De acordo com a fabricante, serão híbridos do tipo plug-in. A produção em massa será implementada por volta de 2030, quando a escala de fabricação pode atingir centenas de milhares de unidades ou mais.

A Toyota também investe na exploração de outros tipos de baterias. As de íon-lítio serão usadas em versões de performance e alta performance, enquanto as de lítio-ferro-fosfato (chamadas de LFP) estão destinadas aos veículos mais acessíveis.

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