Se no Brasil o processo de eletrificação dos Volkswagen acontece de forma discreta, apenas com carros elétricos disponíveis por assinatura, na Europa a empresa apostou tudo em uma família de carros elétricos. Contudo, a aposta não deu muito certo e agora a VW estuda soluções que já implicaram em mudanças na sua estratégia.
A queda na demanda por carros elétricos, principalmente na Europa, não foi percebida apenas pela Volkswagen. Mas a fabricante alemã já decidiu aumentar sua gama de carros híbridos plug-in para contornar a situação. Pelo menos foi isso que o CEO da marca, Thomas Schafer, afirmou durante o Financial Times Future, em Londres.
Perguntado pela Autocar se a VW continuaria investindo em híbridos, o executivo afirmou que, se essa pergunta fosse feita no ano passado, a resposta seria não. Mas as coisas mudaram e a montadora voltará a investir nos PHEVs. “Nos últimos seis meses, de repente todo mundo passou a querer híbridos”, disse Schafer.
Essa tomada de decisão, além de seguir a demanda do mercado, também ajuda as empresas a cumprirem as reduções das emissões de gases poluentes, que a cada ano estão mais rígidas.
Porém, o executivo sabe que esse passo é apenas uma forma paliativa de adiar o futuro totalmente elétrico: “É uma tecnologia de ponte. Embora o acionamento elétrico por bateria esteja se estabilizando um pouco no momento, ainda precisamos dessa tecnologia de transição.”
A Volkswagen, pelo menos, tem uma oferta de modelos híbridos plug-in e tecnologia disponível. Mas seu movimento acompanha o da General Motors, que voltará a fazer híbridos após quase abandonar a tecnologia por completo no mundo inteiro – a exceção é o mercado chinês.
Mas não há, ainda, um Volkswagen híbrido plug-in à venda nos Estados Unidos, que é um mercado importante para a empresa. No Brasil também não, mas há planos para a eletrificação dos Volkswagen nacionais. Os híbridos flex terão sistemas híbridos leves (MHEV) e plug-in.
Hoje a VW disponibiliza na Europa três modelos PHEVs, sendo o Golf, Passat e a nova geração do Tiguan. Todos utilizam motor 1.5 TSI a gasolina – que será fabricado no Brasil futuramente em versão flex – e uma bateria de 20 kWh, que oferece até 100 km de autonomia elétrica.
Resta esperar para entender qual será o projeto da Volkswagen para o crescimento de sua linha de modelos híbridos.