Range Rover Evoque usado é SUV de luxo que custa menos de R$ 100.000

Assim que o Range Rover Evoque passou a ser nacional, em 2016, o preço do usado despencou. Isso porque a produção nacional já começou com uma reestilização no visual do SUV. Vieram novo desenho do para-choque dianteiro, faróis de LED redesenhados, novas luzes de neblina, lanternas de led com luzes mais estreitas e novo estilo do aerofólio traseiro.

Isso faz dele uma ótima opção de compra para quem não se contenta com o perfil sóbrio da maioria dos SUVs atuais.

A estética agressiva (por vezes copiada) e o status da Land Rover, que recentemente deixou de ser uma marca, fazem dele um símbolo de luxo, sem abrir mão da vocação urbana e da bravura no fora de estrada.

O Evoque traz suspensões independentes, câmbio automático de seis marchas (nove marchas a partir da linha 2014) e tração integral com o sistema Terrain Response, que o torna apto a rodar em cinco tipos de terrenos, além da reduzida. Outro diferencial é o motor: um 2.0 EcoBoost de 240 cv e 34,7 kgfm de origem Ford (é 0 mesmo do Fusion usado), que no nosso teste fez 0 a 100 km/h em apenas 8,1 segundos.

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O consumo do Range Rover Evoque

Na ocasião da troca do câmbio automático de seis marchas pelo automático de nove marchas, QUATRO RODAS comparou o consumo do motor 2.0 turbo a gasolina de 240 cv, pois, segundo a fábrica, o novo câmbio teria desenvolvido para melhorar quanto o Evoque faz por litro.

Na prática, porém, não foi isso o que verificamos. Na pista, o Evoque 2014 apresentou o mesmo consumo de seu antecessor de seis marchas, testado em duas oportunidades, em 2011 e 2012. Nas provas de aceleração, o Evoque fez 8,5 segundos (antes, 8,2 e 8,1) e, no consumo, houve empate técnico na cidade, com 8,2 km/l (8 e 8,4), e leve melhoria na estrada, com 12,3 km/l (10,9 e 11,8).

Melhores versões do Range Rover Evoque

A versão Pure é a mais discreta, com três ou cinco portas, rodas aro 18, borboletas no volante para trocas de marchas, ar automático, central com tela de 8 polegadas e som com 380 watts e 11 alto-falantes. De todas, é a mais barata: hoje pode ser encontrada por R$ 75.000, bem abaixo dos preços de tabela.

A esportiva Dynamic tem grade escura e para-choque dianteiro redesenhado, rodas aro 19, bancos concha com dois tons de couro, detalhes em alumínio escovado, GPS, sensores de estacionamento e Park Assist. O pacote opcional Tech adiciona rodas aro 20, chave presencial, som premium e amortecedores MagneRide.

A versão mais cara do Range Rover Evoque até o início de 2016 era a Prestige, só com cinco portas, que tinha acabamento cromado na grade e nos faróis de neblina e bancos elétricos, com opção de pacote Tech com duas telas nos encostos dos bancos, cinco câmeras para visão 360 graus e central Dual View (duas exibições distintas ao mesmo tempo).

Na linha 2015, veio o Evoque Prestige a diesel, com motor 2.2 turbo de 190 cv e 42,8 mkgf: perdeu em desempenho, mas ganhou em consumo e autonomia, mas unidades com este motor nunca foram nacionalizadas.

Range Rover Evoque nacional

Com a reestilização no fim de 2015 e a nacionalização em meados de 2016, a estrutura de versões do Range Rover Evoque mudou. Os faróis são automáticos e têm leds e xenônio desde a versão mais barata SE, equipada ainda com sensor de chuva, rodas de 18 polegadas, bancos de couro com ajustes elétricos, sistema de entretenimento In Control com GPS, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, airbags frontais, laterais e de joelho (para o motorista), ISOFIX, piloto automático, assistente de partida em rampas e controles de estabilidade e tração.

Câmera de ré, suspensão adaptativa, rodas de 19 ou 20 polegadas, sistema de áudio Meridian com 11 alto-falantes, central multimídia mais sofisticada e teto panorâmico estão nas versões seguintes, SE Dynamic e HSE Dynamic.

Vale destacar que as três versões nacionais são equipadas unicamente com o motor 2.0 turbo a gasolina, que rende 240 cv e 34,7 mkgf, acompanhado do câmbio automático de nove marchas da ZF e tração integral.

Ainda em 2016 o motor 2.2 foi substituído por um 2.0 turbodiesel da família Ingenium, com potência reduzida a 180 cv mas torque de 43,8 kgfm. Manteve a tração e o câmbio automático de 9 marchas.

Uma mudança mecânica relevante veio em 2018, quando o motor 2.0 Ingenium flex, também com 240 cv, estreou no Evoque. Esse motor foi desenvolvido pela própria Land Rover com a promessa de ser mais econômico que o antigo motor Ford. É o motor usado até hoje.

A produção do Evoque em Itatiaia (RJ) seguiu até 2019, quando a primeira geração do menor Range Rover saiu de linha. Mas sua versão mais curiosa já estava nas ruas: o Range Rover Evoque Conversível teve apenas 45 unidades importadas para o Brasil, sempre na versão HSE Dynamic.

Bom na cidade ou longe dela, só é preciso tomar cuidado com a manutenção: carros mais antigos não têm garantia e o excesso de eletrônica exige serviços feitos na rede autorizada ou em oficinas especializadas. Seja qual for sua escolha, prepare o bolso: as peças de reposição são muito caras.

Problemas e defeitos do Range Rover Evoque

Turbo – Mesmo aquecidos, motores turbinados malcuidados costumam liberar forte fumaça pelo escapamento. Trata-se de um indício de falhas nos anéis de compressão, nos retentores de válvulas ou uma folga no mancal do turbocompressor. Na dúvida, não compre.

Diferencial traseiro – Rolamentos gastos produzem um ronco em trajetos urbanos, quase sempre abaixo de 50 km/h. A Land Rover recomenda substituir o diferencial inteiro, que custa até R$ 9.000, mais 4 horas de mão de obra (R$ 1.600).

Tração integral Haldex – A troca dos rolamentos do diferencial (e não sua troca completa) coloca em risco a bomba hidráulica que aciona o diferencial traseiro. Uma bomba nova custa R$ 3 669, mais R$ 1.480 de mão de obra.

Recall 1 – Os parafusos de fixação do braço direito da suspensão traseira dos carros fabricados de novembro de 2013 a janeiro de 2014 foram afetados por uma deformação por excesso de torque durante a montagem.

Recall 2 – Quatro unidades modelo 2012 receberam torque incorreto na fixação da caixa de direção, podendo ocasionar desgaste prematuro do sistema.

O que diz o proprietário do Evoque

Nome: Leandro Augusto de Oliveira
Profissão: empresário
Cidade: Governador Valadares (MG)

O que eu adoro: “Além do estilo único, ele dá muito prazer ao volante: o motor é muito forte e potente e casa bem com o câmbio. O acerto da suspensão é um caso à parte: tem rodar excelente nas melhores e piores estradas.”

O que eu odeio: “Panes no start-stop: já passei constrangimento, pois o carro se recusava a dar a partida. O Bluetooth não funciona bem, as portas rangem e a rede autorizada não resolve os problemas.”

Quanto valem os Range Rover Evoque usados (tabela KBB)

Preço das peças do Range Rover Evoque

NÓS DISSEMOS….

Maio de 2011: “Sendo o mais urbano dos Land Rover, o Evoque foi projetado para também fazer bonito no off-road. (…) No interior, há espaço para cinco adultos e uma elevada qualidade de construção, de materiais e de acabamentos. (…) Ele mostra no asfalto uma aceleração convincente desde o primeiro toque no acelerador.”