Elétricos serão mais baratos que convencionais em 2022, diz análise
Preços do barril de petróleo e das baterias serão fatores decisivos para popularização dos modelos “verdes”
Um estudo divulgado pelo Bloomberg New Energy Finance (BNEF) afirma que os veículos elétricos serão mais baratos de se adquirir e manter que os modelos à combustão até 2022. A análise leva em conta duas coisas: a previsão do preço do barril de petróleo no futuro e a diminuição nos custos das baterias de íon-lítio.
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Hoje, os elétricos representam apenas 1% da frota mundial, mesmo possuindo subsídios em alguns países. – à exemplo do Brasil, que cortou em outubro de 2015 o imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos. O estudo do BNEF afirma que sua previsão pode se confirmar mesmo se os modelos “não-verdes” reduzam seu consumo em 3.5% a cada ano. A análise é feita com base na projeção do preço do petróleo nos Estados Unidos, que é esperado para ficar por volta entre US$ 50 e US$ 70 por barril na década de 2020.
Outro fator que leva a crer na redução do custo de aquisição dos veículos elétricos são os menores custos das baterias de íon-lítio com o passar dos anos. Um dos componentes mais caros nesse tipo de automóvel, as baterias tiveram uma queda de preçø de 65% desde 2010. O valor chegou a US$ 350 por kWh em 2015, sendo que é esperado para ficar abaixo de US$ 120 por KWh até 2030.
O relatório prevê que 35% das vendas de carros novos no mundo será de elétricos em 2040, o que representaria algo como 41 milhões de veículos segundo as projeções. Além da redução nas emissões produzidas pelos automóveis, isso também terá um efeito sobre o uso da energia global, reduzindo o consumo de óleo em 14%. Por outro lado, 8% da eletricidade produzida no mundo teria de ser destinada aos carros elétricos nesse cenário.
O BNEF também estima que as vendas de elétricos poderiam chegar a 50% em 2040 se esses modelos se tornarem comuns em frotas e empresas de compartilhamento de veículos. Se os valores do barri de petróleo se mantiverem estáveis, porém, a projeção baixa para 25%.