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Máquina doméstica transforma óleo usado em biocombustível

Equipamento é capaz de converter até 50 litros de óleo de cozinha em biodiesel

Por Isadora Carvalho
Atualizado em 9 nov 2016, 14h56 - Publicado em 2 Maio 2016, 12h00
Fuelpod 2

Do fogão para o tanque. Não, não estamos falando da estafante rotina de uma atarefada dona de casa. Trata-se, isso sim, de transformar o óleo de fritura em combustível e abastecer o carro na própria garagem. O equipamento, que lembra um aspirador profissional daqueles usados nos lava-rápidos, leva aproximadamente duas horas para processar o material.

A processadora concebida pelo britânico Adrian Henson é capaz de converter até 50 litros de óleo de cozinha em biodiesel, que resultam em cerca de 16 galões de combustível. O resultado do processo pode ser utilizado em qualquer motor convencional a diesel. O investimento não é nada baixo – 4.995 dólares, mais precisamente. Mas a empresa promete um custo de apenas 55 centavos por galão.

A criação de Henson já cruzou a fronteira do Reino Unido. Ele afirma que a Grécia é seu maior mercado, seguida de Sérvia e Espanha. Mas, segundo ele, suas máquinas já operam em residências espalhadas pela Europa e também nos Estados Unidos. O cliente também tem a opção de adquirir o modelo maior, chamado de Fuelpod3, que sai por 6.495 dólares e é capaz de produzir 26 galões de biodiesel.

O negócio ganhou impulso em 2007, quando recebeu um incentivo do governo britânico, época em que as leis relacionadas ao combustível feito em casa foram alteradas. Os cidadãos britânicos podem produzir até 2 500 litros por ano, legalmente, sem pagar nenhuma taxa. “Isso permitiu o rápido crescimento desse mercado por aqui”, diz o empresário. Ele ressalta, no entanto, que agora há menos óleo de cozinha usado sobrando e não há mais como o mercado interno crescer. Por isso tem a intenção de investir nos mercados emergentes. Aos interessados, ele diz que qualquer cliente brasileiro pode comprar seu equipamento, mas alerta que o custo do transporte é alto.

Na falta do equipamento, é possível apelar para o processo manual, adotado pelo canadense Peter Ferlow, um dos que já roda movido às custas de batatas fritas. Ferlow dirige 1 200 km mensais com gasto equivalente a 80 reais em combustível. A matéria-prima vem de um pub instalado na cidade de Vancouver. Mas diante da demanda crescente, os restaurantes cogitam começar a comercializar o óleo queimado em breve.

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