Se a ideia de dividir o próprio carro com alguém da família já é uma heresia para alguns, imagina se o modelo em questão fosse um Maserati ou um Porsche. Pois essa é a base do compartilhamento de automóveis de luxo, que começa a ganhar força na capital paulista.
O empresário Clóvis Gomes preferiu vender seu Porsche Boxster e adquirir uma cota de um grupo. “Usava o carro só 20% do meu tempo, mas gastava como se usasse todos os dias. Compartilhar e dividir os custos é a maneira mais inteligente de ter um carro de luxo”, explica Gomes. Ele participa de um grupo que disponibiliza dois modelos: um BMW M6 e um Porsche Cayman, que são revezados com mais três sócios. Cada um fica dez dias por mês com um dos veículos. “Investi R$ 270 000 e posso usufruir de dois carros sem custo mensal por três anos. Só gasto com combustível”, diz Gomes. Depois desse tempo, o usuário paga 30% (R$ 24 300 no caso do Gomes) do investimento inicial e pode usufruir por mais três anos de uma frota renovada.
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Única empresa que oferece esse serviço, a Prime Fraction Club cuida da manutenção e do pagamento de impostos e seguro. “Com a experiência de três anos de mercado, podemos afirmar que o nosso cliente reduz em até um quarto o custo anual com um carro de luxo”, afirma Marcus Matta, proprietário da Prime, que disponibiliza mais dois grupos com valores que variam de R$ 370000 (Porsche Cayman S e Jaguar F-Type) a R$ 560 000 (Maserati GranTurismo e Porsche Boxster).Após três anos, os cotistas participam da escolha dos novos modelos. “Depois desse período, a manutenção aumenta muito. Aí compensa mais trocar por um novo”, diz Matta.