Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

A evolução da potência e consumo dos carros americanos desde 1975

Motores mais eficientes e carros mais leves permitiram dobrar a potência com metade do consumo

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 jun 2017, 18h36 - Publicado em 19 jun 2017, 18h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • mustan 70 17
    Motores ficaram mais potentes e eficientes nas últimas quatro décadas (Divulgação/Ford)

    Um levantamento da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) mostra que a potência dos carros vendidos por lá quase dobrou nos últimos 42 anos. Ao mesmo tempo, o consumo caiu pela metade.

    O ponto de partida para a pesquisa é o ano de 1975, quando a indústria automotiva americana começava a se adaptar aos efeitos da Crise do Petróleo. O Brasil tentou contornar a situação com o Próalcool; nos EUA a alta nos preços do ouro negro deu origem a carros estranhos, como o Ford Mustang 2.3 aspirado com 90 cv.

    Em meio à crise, a EPA estabeleceu que a indústria automotiva deveria atingir uma meta de consumo de 11,7 km/l (25 milhas/galão) até 1985 – àquela altura, o consumo médio estava na casa dos 6 km/l.

    O jeito mais fácil e barato de alcançar a meta foi reduzir o deslocamento e a potência dos veículos. Se em 1975 a média era de motores 5.3 L com 147 cv, em 1983 o deslocamento médio caiu para 2.4 L, com algo ao redor dos 100 cv.

    Continua após a publicidade

    Como mostra o gráfico abaixo, elaborado pela Bloomberg, a potência dos automóveis só voltou a subir nos anos seguintes. Os 147 cv de 1975 só foram retomados em 1990, mas com algum avanço: a média de deslocamento dos motores havia baixado para cerca de 3.0 L.

    800x-1
    Médias de potência e consumo nem sempre evoluíram de forma linear (Bloomberg/Internet)

    Hoje, a média de potência dos carros vendidos nos EUA é de 287 cv. Para efeito de comparação, em 1976 o carro mais potente à venda nos Estados Unidos era o Aston Martin DBS, com 289 cv, pouco mais que um Toyota Camry atual.

    Continua após a publicidade

    Os carros americanos também estão mais rápidos. A maioria dos enormes V8 de 42 anos atrás só tinha belos roncos: a média de aceleração de 0 a 60 mph (96 km/h) em 1975 era de 14,1 segundos. Em 2016, foi de 7 s.

    Após 1985 houve altos e baixos nas médias de consumo até 2008, quando a bebedeira voltou a cair. Isso não aconteceu por boa vontade das fabricantes, mas pela EPA ter estabelecido uma nova meta de eficiência: alcançar média de 14,9 km/l até 2020.

    Chevrolet camaro 70-17
    Chevrolet Camaro ficou mais potente e esportivo (Reprodução/Chevrolet)
    Continua após a publicidade

    Evoluindo ano a ano, a média de consumo chegou aos 12,5 km/l em 2016. Desta vez, porém, a tecnologia conseguiu conter a perda de potência.

    O Chevrolet Camaro é um bom exemplo. Sua nova geração tem versão de entrada com motor 2.0 com turbo e injeção direta de 274 cv. Além disso, seu motor V8 6.2 é mais moderno que o anterior: além dos 461 cv (antes, tinha 436 cv), tem sistema de desativação de quatro cilindros quando não são necessários. Além disso, trocou o câmbio automático de seis marchas por um de oito.

    Outra coisa que ajuda nos números de eficiência é o peso. Em 1975 o Camaro básico pesava 1.815 kg. Já seu equivalente moderno tem 1.587 kg, mesmo com toda a tecnologia embarcada e as estruturas de segurança de um carro moderno.

    Continua após a publicidade

    O Camaro é apenas um exemplo de carro que foi vendido continuamente nestas quatro décadas. Mas esta evolução é percebida em todos os carros de todos os segmentos. E, sinceramente, em todos os mercados – até no Brasil. Mas sempre com uma “pequena” ajuda dos governos.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 6,00/mês

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.