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‘Airbag mortal’ pode ter causado morte em acidente com Civic no Brasil

Honda Civic envolvido no acidente pode não passado por recall para corrigir o defeito no airbag da Takata, que afeta mais de 100 milhões de carros no mundo

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 set 2022, 21h03 - Publicado em 13 set 2022, 20h08
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  • Em janeiro de 2020, a Honda confirmou a primeira morte oficial registrada no Brasil devido à falha de projeto dos airbags da fornecedora japonesa Takata. O problema afeta mais de 100 milhões de veículos globalmente, produzidos entre o fim dos anos 90 e meados da década de 2010, e desencadeou a maior série de recalls da história da indústria automotiva global.

    Nesta segunda-feira (12) o “airbag mortal” pode ter provocado a morte do policial civil Alexandrino Guilherme Ferreira Junior durante um acidente de trânsito em Belo Horizonte (MG), a bordo de um Honda Civic 2008.

    Honda airbag
    Airbag frontal do motorista deflagrado em carro da Honda (Reprodução/Internet)

    O modelo, uma viatura descaracterizada, está na lista de reparos por conta do airbag defeituoso da fabricante japonesa, mas não há confirmação de comparecimento da unidade para substituição do item de segurança.

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    Como foi o acidente

    Segundo reportagem do G1, imagens de circuito de segurança mostram um congestionamento de veículos sobre o viaduto. É possível notar, de acordo com a publicação, que o carro em que Alexandrino Junior estava não teria reduzido a velocidade, o que deveria fazer. O veículo só teria parado após atingir o carro da frente.

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    À polícia, testemunhas disseram ter ouvido um disparo de arma de fogo momentos antes da colisão. No entanto, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) diz não ter encontrado vestígios de projéteis no local ou no corpo da vítima. A PCMG diz que um processo investigativo por instaurado para apurar as causas e circunstâncias da morte do investigador.

    Após o acidente, no entanto, foi constatado o rompimento da bolsa inflável (airbag). Não se sabe, ainda, se o problema foi um agravante ou o motivo da morte do policial.

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    Em um acidente, quando a bolsa inflável deveria se deflagrar para evitar o choque de motorista e passageiro contra o painel, um defeito de projeto leva o insuflador a se estilhaçar, projetando fragmentos contra os ocupantes do carro a uma velocidade aproximada de 300 km/h, causando ferimentos que podem ser fatais e já foram comparados a facadas.

    Honda New Civic
    O modelo Honda Civic envolvido no acidente (Divulgação/Honda)

    É difícil estimar quantas vítimas do problema foram geradas, mas só nos Estados Unidos as autoridades contam 16 mortes oficiais e outros 200 casos de ferimentos leves ou graves.

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    No Brasil, 39 ocorrências de rompimento do insuflador teriam sido registradas apenas em automóveis da Honda, deixando 16 feridos. O defeito no airbag envolve mais de 2 milhões de carros, de 15 diferentes marcas.

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