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Audi A1 Sport

Turbo e compressor no pequeno motor 1.4 de 185 cv dão a ele desempenho de esportivo e consumo de popular

Por Péricles Malheiros | foto: Marcos Camargo
Atualizado em 19 mar 2024, 13h59 - Publicado em 1 out 2012, 18h27
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A sobrealimentação é uma das soluções mais aplicadas nos últimos tempos pela indústria automotiva em busca de motores menores e mais eficientes, ou seja, capazes de dar ao carro bom desempenho sem aumentar o consumo de combustível e, por consequência, a emissão de poluentes. O Grupo Volkswagen, ao qual pertence a Audi, levou essa tendência ao extremo, criando um pequeno motor quatro-cilindros 1.4 com admissão pressurizada por um compressor mecânico e um turbo.

Apresentado na edição de novembro de 2005 na seção Novas Tecnologias, o motor com duplo sistema seriado de sobrealimentação estreou no mercado europeu em 2006, no Golf GT. Agora é a vez de a Audi usufruir do motor 1.4 de 185 cv – quando foi lançado, gerava 169 cv. Segundo a Audi do Brasil, seu primeiro representante com motor com turbo e compressor é o A1 Sport, uma espécie de versão envenenada do A1 “normal”.

Por aqui, a marca alardeia a solução como sendo a primeira de aplicação automotiva a unir os dois sistemas de sobrealimentação. Mas não é bem assim. Em meados dos anos 80, para participar do Mundial de Rally, a Lancia vendeu 200 unidades do Delta S4 – uma exigência para homologação do carro na competição. Mas o fato é que só agora a ideia passou a ser aplicada em modelo de produção regular, daí o pioneirismo da Audi.

Do ponto de vista da engenharia, o conceito é simples: aliar o melhor dos mundos. Em outras palavras, unir a presença instantânea do compressor mecânico Roots nas baixas rotações à pegada do turbo a partir das médias. Comparado à versão “civil” do A1, que também é turbo, mas sem o auxílio do compressor volumétrico, o Sport tem, de fato, comportamento mais vigoroso, com uma elogiável progressividade de entrega de torque e potência. O que se sente ao volante é um A1 ainda mais esperto, sobretudo nas retomadas de velocidade. Ainda que o câmbio esteja no modo manual e o piloto não reduza as marchas, dá para sentir o compressor Roots levantando o giro para acordar o turbo. De acordo com a Audi, o Roots atua entre 2 400 e 3 500 rpm, ativado por um sistema de embreagem magnética. Daí em diante, o turbo assume a tarefa de pressurizar a admissão.

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A seco

Parte do bom desempenho deve ser atribuída ao câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, capaz de realizar trocas em centésimos de segundo. Mas o conjunto também assume o papel de vilão: sobre piso irregular, como em vias de paralelepípedo, um ruído constante incomoda o piloto. “A dupla embreagem do A1 é do tipo seca, não imersa em óleo. Um disco sempre está em posição não ativa e é ele que vibra e faz barulho. É uma característica do projeto”, diz Lothar Werninhouse, consultor técnico da Audi. Apesar da explicação lógica, o ruído de pandeiro definitivamente não combina com um Audi.

Sinal de luz

A complexidade do motor com turbo e compressor apresentou resultado na prática: além de mais rápido nas acelerações e retomadas, o A1 Sport manteve os mesmos números nas provas de consumo urbano e rodoviário. Enquanto o A1 turbinado fez, respectivamente, 12,6 e 17,2 km/l de gasolina, o Sport com turbo e compressor registrou 12,6 e 17,3 km/l.

Mas a passagem pelo campo de provas teve lá seus problemas. A primeira “puxada” do teste de aceleração foi abortada porque a luz do EPC acendeu no painel e o motor passou a falhar. Depois de desligar e religar o carro, a luz se apagou, o A1 voltou ao normal e o teste foi concluído.

Uma fonte ligada a uma concessionária Audi de São Paulo diz: “Quando o motor está em regimes elevados de rotação, às vezes a central eletrônica entende que há risco para a integridade do motor e ativa um modo de segurança. Ao desligar e ligar o carro, a central registra o erro na memória e faz uma varredura dos sistemas. Se tudo estiver em perfeitas condições, o motor volta ao normal”. A Audi analisou o carro e diz que, por causa do problema relatado por QUATRO RODAS, a matriz desenvolveu uma nova versão de software da central eletrônica, que será repassada para todos os A1 Sport do mundo.

O A1 Sport estreia nas lojas custando 109 900 reais, 15 000 a mais que a versão Attraction. Além da mecânica diferenciada, com auxílio complementar de um compressor, a versão Sport tem suspensão e freios redimensionados. Esteticamente, ela passou por um banho de acessórios (soleiras, para-choques, saias e aerofólio) S-Line, desenvolvidos pela própriaAudi.

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Se você gostou da cabine, prepare o bolso, pois o A1 Sport, apesar de topo de linha, é muito simples na versão de entrada. Ar-condicionado automático, sensor de estacionamento e piloto automático, por exemplo, devem ser pagos à parte. Um modelo completo, como o que foi cedido para fazermos este teste, com sistema de navegação, áudio Bose e teto solar elétrico panorâmico, pede um investimento extra de 22914 reais – nada menos que 20,8% do preço do próprio carro.

DIREÇÃO, FREIO
E SUSPENSÃO

Obediente e rápido aos comandos, proporciona boa experiência para quem aprecia uma tocada esportiva. Apesar de leve, o A1 manteve o equilíbrio mesmo nas frenagens longas, vindo a 120 km/h.

★★★★

MOTOR E CÂMBIO

O conjunto cumpriu o prometido: aumentou a performance sem elevar o consumo. Mas o funcionamento irregular do motor e Ruidoso da embreagem não combina com um compacto premium.

★★★★

CARROCERIA

O banco traseiro é para uso emergencial. Nele, há pouco espaço para pernas e cabeça.

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★★★★

VIDA A BORDO

A tecnologia embarcada é amigável, mas custa caro. Os materiais
e a montagem são de boa qualidade.

★★★★

SEGURANÇA

De série, oferece airbags frontais, laterais e de cortina. As lanternas traseiras complementares garantem a sinalização nos casos em que é preciso transportar cargas longas, com a tampa do porta-malas aberta.

★★★★☆

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SEU BOLSO

O pacote de equipamentos sem itens básicos para
um modelo premium, como sensor de estacionamento
e piloto automático,
são pontos a considerar.

★★★

Fiat Punto T-JET

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Acaba de receber um face-lift e também tem motor 1.4 turbo, de 152 cv. Custa pouco menos que “meio” A1 Sport.

Citroën DS3

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Assim como o A1, o design
é cheio de personalidade. Sai por 79 900 reais e tem motor BMW 1.6 turbo de 165 cv.

VEREDICTO

Analisado isoladamente,
o A1 Sport é interessante, mas parte do brilho se perde quando se olha para os concorrentes, muito mais baratos. O motor high- tech se mostrou eficiente, mas decepcionou pelos problemas apresentados.

>> Confira a Ficha Técnica do carro

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