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Bugatti Mistral é a despedida do motor W16 e quer ser recordista mundial

Novo hiperesportivo da Bugatti terá 1.600 cv e deve disputar o título de conversível mais rápido do mundo com o Hennessey Venom F5 Roadster

Por João Vitor Ferreira
19 ago 2022, 19h01
Bugatti W16 Mistral frontal preto
 (Divulgação/Bugatti)
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Assim como as rivais, a Bugatti também está dando adeus à era da combustão. Por isso, a marca está preparando uma despedida em grande estilo para seu icônico motor W16 8.0 quadriturbo, lançando um modelo para se tornar o próximo conversível mais rápido do mundo.

O Bugatti W16 Mistral tem como base a plataforma e o motor do Chiron, mas o design veio de um parente mais antigo. A inspiração, segundo a marca, foi tirada do Type 57 Roadster Grand Raid, um modelo de 1934 que emprestou as duas entradas de ar no teto, o para-brisa curvo e o padrão de cores amarelo e preto, que será um dos disponíveis.

Bugatti W16 Mistral traseira preto
(Divulgação/Bugatti)

As tomadas de ar superiores vão parar direto no motor traseiro, que tem sua ventilação auxiliada pelas passagens de ar instaladas atrás das lanternas em X. O visual das luzes de LED se assemelha ao do hiperesportivo Bugatti Bolide, mas tem um charme a mais: no centro, as luzes formam o nome “Bugatti”.

Bugatti W16 Mistral frontal azul
(Divulgação/Bugatti)
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A dianteira, porém, é um tanto estranha à primeira vista. O formato da grade e o jeitão “bicudo” remetem ao próprio Chiron e ao Divo, mas os faróis são verticais, lembrando os do La Voiture Noire. A diferença é que eles são compostos por quatro barras horizontais.

Bugatti W16 Mistral traseira azul
Além de resfriar o motor, as entradas de ar no teto também tem a função de prevenir capotamentos, segundo a Bugatti (Divulgação/Bugatti)
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Por dentro a marca foi mais conservadora e decidiu repetir o bom trabalho de design e acabamento do Chiron. O toque especial está na alavanca de câmbio feita de madeira e uma inserção de âmbar contendo a escultura do “elefante dançante”, usada a primeira vez no clássico Bugatti Type 41 Royale.

Bugatti W16 Mistral interior
(Divulgação/Bugatti)

A ideia por trás do Mistral se contrapõe à própria Bugatti, que já se pronunciou, em 2019, dizendo que não criaria mais veículos com a intenção quebrar recordes. Em todo caso, esse roadster tentará superar o Bugatti Veyron Grand Sport Vitese, modelo que saiu de produção em 2015 e alcançou os 409 km/h em 2013.

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Bugatti W16 Mistral bancos
Padrão amarelo e preto foi emprestado do modelo clássica da década de 1930 (Divulgação/Bugatti)

Essa tarefa não será tão difícil, já que o motor W16 dará ao Mistral 1.600 cv, cerca de 400 cv a mais que o antecessor, e 163,15 kgfm. Esse trem de força veio diretamente do Chiron Super Sport 300+, que alcançou os 490,5 km/h na pista de testes Ehra Lessien da Volkswagen.

Já que o Veyron deverá ficar “no chinelo”, o rival a ser batido será outro. Esta semana a Hennessey apresentou o Venom F5 Roadster, um conversível que tem mais de 1.800 cv e será um páreo duro para o Mistral.

Bugatti W16 Mistral lateral
(Divulgação/Bugatti)
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Como um modelo de despedida, é claro que o Mistral será limitadíssimo. Serão apenas 99 unidades produzidas e todas já foram vendidas para uma lista seleta de clientes. Cada uma saiu por 5 milhões de euros, equivalente a R$ 25.950.000.

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