Caças Mirage 2000 estão à venda no Brasil por US$ 2,5 milhões cada
Aviões supersônicos da FAB foram aposentados em 2013. Compradores podem ser pessoas físicas ou jurídicas
Por um preço próximo ao de superesportivos como Bugatti, Koenigsegg e Pagani, é possível levar para casa – se ela tiver uma pista de pouso, claro – uma máquina bem mais potente, rápida e emocionante (apesar de antiga): um jato francês Mirage 2000. Oito unidades do caça foram colocadas à venda pela Força Aérea Brasileira três anos após sua aposentadoria do serviço ativo, em 2013. O valor inicial é de US$ 2,5 milhões para cada exemplar.
Produzido pela Dassault no início da década de 1980, um lote de doze Mirage 2000 (dez monopostos e dois bipostos) foram comprados usados da Armé De l’Air (Força Aérea Francesa) em 2006 por 80 milhões de euros para servirem como substitutos provisórios dos ainda mais antigos Mirage III. Com a designação F-2000, eles operaram na base aérea de Anápolis (GO), próxima ao Distrito Federal, e foram desativados em 2013 devido aos custos operacionais e proximidade do fim da vida útil – que poderia ser alongada com uma reforma orçada em dezenas de milhões de euros que o Governo considerou inviável financeiramente. Os jatos serão substituídos pelo caça sueco Saab Gripen a partir de 2019.
Propulsionado por um motor Snecma M53-5 com 8.998 kg de empuxo, o Mirage 2000 é um interceptador capaz de ultrapassar Mach 2,0 (duas vezes a velocidade do som, ou mais de 2.400 km/h) a 16.500 metros de altitute, e tem alcance de até 3.000 km quando equipado com três tanques de combustível auxiliares nas asas. Ele também possui sonda de reabastecimento em voo. Quando em serviço, era equipado com radar multifunção, mísseis ar-ar de médio e curto alcance, além de dois canhões de 30 mm. Sob as asas, podem ser carregados mais de 5 toneladas de bombas e mísseis diversos.
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Segundo o edital da FAB, os caças (e suas peças sobressalentes) podem ser comprados não apenas por outras Forças Aéreas, mas também por qualquer pessoa física ou jurídica, como colecionadores e museus – desde que os sistemas de combate sejam desativados. A venda também precisa ser aprovada pelo governo francês, que detém as patentes das tecnologias utilizadas no avião.