Que a Fórmula 1 está na vanguarda das tecnologias não é segredo pra ninguém. Mas para otimizar processos e economizar tempo e dinheiro, há construtores inovando até na área computacional. Um deles é a campeã Mercedes, que se uniu à TIBCO – empresa americana especializada em computação na nuvem – para revolucionar tomadas de decisão nas pistas usando supercomputadores.
A ideia foi construir um carro virtual, com 99% dos sistemas de um F-1 sendo simulados em alta precisão. A partir disso, informações do mundo real são usadas para calcular as melhores decisões e ajustes possíveis aos monopostos.
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“Antes levávamos em conta só aerodinâmica, motor e piloto na análise de uma corrida”, destaca o diretor de engenharia da TIBCO, Márcio Arbex, ressaltando os 300 sensores no bólido de 2020 e seus 10.000 dados gerados a todo instante.
O trabalho do supercomputador começa por analisar informações de corridas já realizadas, em anos anteriores, no circuito da vez, para prever a estratégia ideal para a prova desta temporada. Quando os treinos começam, táticas são atualizadas com base em variáveis do presente, como as condições climáticas, por exemplo.
Dos 45 TB de dados de um GP, cerca de 8% são enviados à nuvem para análise. O desafio é distinguir “precisamente informações relevantes do resto”, diz Toto Wolff, diretor executivo da equipe.
Até o pódio, são gerados cerca de 45 TB de dados, sendo que 3,5 TB são enviados à sede da equipe Mercedes, na Inglaterra, em tempo real. A agilidade de processamento permite que, até na mesma volta, a informação atravesse o mundo e retorne ao cockpit em forma de ajustes em todas as partes que o regulamento permite.
“A automação é tanta que até poderíamos frear o carro no momento em que quiséssemos”, completa o engenheiro.
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