Carros que saem de linha tendem a valorizar no mercado de usados
Estudo inédito com 64 modelos que foram descontinuados desde o início da pandemia mostrou que a maioria valorizou neste período
Todo mundo sabe que, ao sair de linha, qualquer modelo tem o seu preço desvalorizado imediatamente. Será? Essa premissa poderia ser levada como verdade absoluta até bem pouco tempo atrás, mas atualmente a descontinuação não provoca necessariamente uma queda vertiginosa de preços entre os seminovos, ao contrário, em média alguns modelos têm até se valorizado nos últimos tempos.
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De acordo com uma pesquisa da Mobiauto, que levou em consideração 64 veículos e versões 2019 e 2020, que foram tirados de linha durante a pandemia, a aposentadoria não é mais uma condenação categórica à alta desvalorização.
Desse estudo, 20 veículos valorizaram mais do que a média do mercado (que foi de 7% no período). O campeão de valorização foi o Audi A3 Sedan Prestige 2020, que custava R$ 122.651 em março de 2020 e chegou a abril de 2021 sendo vendido a R$ 147.456 – alta de 20,22%.
Na vice-liderança está o Toyota Etios X Plus 2020, que teve aumento de preços em 13 meses de 15,08% ou de R$ 7.558.
Abaixo, você confere as listas dos 10 modelos descontinuados que mais valorizaram durante a pandemia:
–“Apenas 18 veículos (dos 64) tiveram queda nos preços”, informa o CEO da Mobiauto, Sant Clair Castro Jr. O executivo defende que o mercado automotivo vem sofrendo profundas transformações influenciado por diversos fatores como, por exemplo, a multiplicação de alternativas para buscar peças de reposição mesmo de carros fora de linha, advindas do universo trazido pela internet.
Segundo Castro Jr., isso facilita a vida dos consumidores na medida em que a regra anterior condenava vários bons produtos ao esquecimento, bem como frustrava alguns consumidores por terem que rejeitar veículos de sua preferência.
Abaixo os modelos descontinuados que mais perderam valor desde o início da pandemia:
Dos dez modelos descontinuados que mais perderam valor de março de 2020 para cá, cinco são Ford e cinco Citroën. E, nesses casos, definitivamente, não foi a insegurança de encontrar peças que influenciou os preços para baixo.