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Chevrolet mais vendido do mundo tem produção paralisada por falta de peças

Os modelos Chevrolet Silverado e GMC Sierra, dois dos mais vendidos pela GM no mundo, serão os principais afetados pela paralisação

Por João Vitor Ferreira
22 jul 2021, 22h56
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(Divulgação/Chevrolet)

A General Motors anunciou a paralização das três fábricas responsáveis pela produção dos seus carros mais vendidos no mundo, as picapes Chevrolet Silverado e a GMC Sierra, devido à falta de semicondutores. A informação surgiu de um comunicado da montadora destinado o sindicato local, foi divulgada pelo Detroit Free Press e confirmada pela GM.

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As plantas vão iniciar a paralisação já na próxima segunda-feira, 26. Nas unidades de Fort Wayne e Silao, nos EUA e México, respectivamente, onde as picapes são fabricadas, a previsão de retorno é somente para depois do dia 2 de agosto.

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A terceira fábrica que será afetada é a de Flint, também nos Estados Unidos, e que produz as versões mais pesadas das picapes. Diferente das outras, a produção não será totalmente interrompida, mas será reduzida para apenas um turno, até no máximo a primeira semana de agosto.

“Esses ajustes de programação mais recentes estão sendo impulsionados pela escassez temporária de peças causada por restrições de fornecimento de semicondutores em mercados internacionais que enfrentam restrições relacionadas à Covid-19”, disse um porta-voz da GM. “Esperamos que seja um problema de curto prazo.”

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A Chevrolet Silverado foi o segundo veículo mais vendido dos Estados Unidos em 2020, com 594.094 unidades – atrás da Ford F-150, com 787.422 unidades – e é o Chevrolet mais vendido do mundo. 

As montadoras podem até voltar a funcionar dentro de pouco tempo, mas a crise tende a durar até o próximo ano, pelo menos. Segundo a Anfavea, associação dos fabricantes instalados no Brasil, a complexidade para resolver o problema da escassez mundial de semicondutores é bem grande, o que torna inviável uma solução a curto e médio prazo.

Há quatro semanas, a GM já havia anunciado a paralisação de outras quatro fábricas nos EUA, responsáveis por fabricar SUVs grandes, por 14 dias. Uma planta em Ontário, no Canadá, teve seu retorno às atividades adiado de 26 de julho para 16 de agosto.

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Como tentativa de driblar a crise, não só a General Motors como também a Ford, estão produzindo seus veículos com menos recursos que deveriam. A estratégia batizada de build-shy, retira algumas funcionalidades que necessitem dos chips, ​​como gerenciamento de combustível e partida/parada automática.

Em alguns casos, esses veículos são vendidos junto com incentivos para o comprador como forma de compensação. Mas como nem sempre isso é possível: milhares de carros estão parados nos pátios esperando que seus semicondutores sejam finalmente instalados.

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O Equinox, produzido na fábrica canadense de Ontário, também é um dos modleos afetados pela falta de semicondutores (Divulgação/Chevrolet)
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Por aqui, a fábrica da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul, permanece fechada desde março pelo mesmo problema, o que interrompeu a produção do Chevrolet mais vendido do Brasil, o Onix. A unidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista, também está parada, mas por conta de uma adaptação na linha de montagem para receber a nova Montana. Já na planta de São José dos Campos, também em São Paulo, a produção já foi normalizada.

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