Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Clássicos: Toyota Supra, a formação de um ícone da escola japonesa

Sempre impulsionado por motores de seis cilindros em linha, ele evoluiu de um pacato Gran Turismo a um dos esportivos mais respeitados do mundo

Por Felipe Bitu
26 jun 2020, 07h00
QR 733 CLASSICOS SUPRA 01
Esta versão acelerava de 0 a 100 km/h em 8,4 s (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Apresentado em 1970, o Toyota Celica foi essencial para consolidar a imagem da montadora no mundo todo.

Com estilo inspirado no Ford Mustang, o cupê de quatro cilindros era prático e confiável, mas ficava bem atrás do rival Nissan Fairlady Z em desempenho.

A situação só foi revertida em 1978, ano em que recebeu um motor de seis cilindros e a denominação Celica XX.

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de Quatro Rodas? Clique aqui e assine com 64% de desconto.

Rebatizado Celica Supra, o cupê invadiu o mercado norte-americano no ano seguinte com as mesmas proporções básicas do Celica GT Liftback de quatro cilindros: quem conhece o modelo logo identifica os quatro faróis retangulares e o capô alongado para acomodar o motor de seis cilindros 4M-E de 2,6 litros e 110 cv.

Os japoneses contavam com o ME-U 2.0 de 123 cv. Esses motores, alimentados por injeção eletrônica Bosch, eram uma evolução do 3M usado no curvilíneo Toyota 2000GT.

Entre os equipamentos de série estavam freios a disco nas quatro rodas, direção hidráulica e ar-condicionado. Havia opção de teto solar, estofamento de couro e câmbio automático de quatro marchas.

Continua após a publicidade
QR 733 CLASSICOS SUPRA 02
A frente longa acomodava o 6-cilindros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em 1981, o motor 4M-E foi substituído pelo 5M-E de 2,8 litros e 117 cv, pouco antes da segunda geração surgir, em 1982. Totalmente redesenhado, o Celica Supra recebeu faróis escamoteáveis e duas versões de acabamento: a luxuosa L-Type e a esportiva P-Type.

O acerto dinâmico ficou a cargo da inglesa Lotus, com destaque para a suspensão traseira com estrutura independente por braços semiarrastados.

O rendimento melhorou: a potência era de 145 cv tanto no motor 5M-GE de 2,8 litros americano quanto no motor M-TEU de 2 litros com turbo vendido no Japão.

A aceleração de 0 a 100 km/h era realizada em cerca de 9 segundos, bom número para a época. O câmbio automático de quatro marchas passou a contar com bloqueio do conversor de torque.

Continua após a publicidade

O Supra tornou-se independente do Celica em 1986. A terceira geração manteve a tração traseira e adotou quatro válvulas por cilindro nos motores 7M-GE de 3 litros e 200 cv e, em 1987, o 7M-GTE turbo de 3 litros e 230 cv.

QR_733_CLASSICOS SUPRA 198
Em 1985, o motor 2.8 tinha 161 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O mercado japonês recebia motores de 2 litros: o 1G-GEU de 160 cv e o 1G-GTE biturbo de 210 cv. O lendário 1JZ-GTE apareceu em 1990, com 2,5 litros, 2 turbos e 276 cv.

O avanço tecnológico era evidenciado pela oferta de freios ABS e pelo controle eletrônico da suspensão (com braços duplos sobrepostos nas quatro rodas).

Esta oferecia dois modos de condução e aumentava a carga dos amortecedores automaticamente em acelerações bruscas, frenagens repentinas ou quando o veículo se aproximava dos limites de aderência.

Continua após a publicidade

O ponto mais alto na carreira do Supra ocorreu em 1993 com a chegada da quarta geração.

A Toyota sabia que a indústria automobilística japonesa estava em seu momento de maior prestígio no mundo todo e por isso dotou o Supra de um potencial capaz de ofuscar a presença de ícones como Honda NSX, Mitsubishi 3000 GT, Nissan 300 ZX e Mazda RX-7.

QR_733_CLASSICOS SUPRA 226
Pedais, banco e volante eram bem alinhados (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No Japão, o Supra era impulsionado pelos motores 2JZ-GE (3 litros e 220 cv) e 2JZ-GTE (3 litros, biturbo e 276 cv). No mercado de exportação, o 2JZ-GTE recebia modificações nas turbinas e no sistema de alimentação para chegar à potência máxima de 321 cv.

Pesando 90 kg a menos, esse Supra tornou-se um supercarro capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos e de superar os 280 km/h de velocidade.

Continua após a publicidade

A máxima era limitada a 180 km/h no Japão e 250 km/h em outros mercados. A linearidade do 2JZ-GTE era devido ao funcionamento sequencial de duas turbinas assimétricas.

A de menor inércia garantia respostas desde as rotações mais baixas, enquanto a maior entrava em ação a partir das 4.000 rpm. A tração chegava às rodas traseiras orientadas por um câmbio Getrag de seis marchas.

QR_733_CLASSICOS SUPRA 243
O acabamento reunia luxo e esportividade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Superdimensionado, o Supra foi o favorito das oficinas de preparação, frequentemente superando os 800 cv.

Leis de emissões cada vez mais rígidas e alto custo de produção determinaram seu fim nos EUA em 1998: a última unidade deixou a fábrica de Motomachi em 2002. O carisma de seu nome levaria quase duas décadas para ser resgatado.

Continua após a publicidade

Desenvolvido em parceria com a BMW, o Supra finalmente retornou em 2019, figurando como uma das maiores atrações do Salão de Detroit.

Apesar de suas virtudes, muitos puristas ainda torcem o nariz para a quinta geração: o novo Supra compartilha a mesma plataforma com o roadster Z4 e agora é produzido na Áustria pela Magna Steyr.

Ficha Técnica – Toyota Celica Supra 1985

  • Motor: 6 cilindros em linha de 2,8 litros; 22,5 kgfm a 4.400 rpm, 161 cv a 5.600 rpm
  • Câmbio: manual de 5 marchas
  • Carroceria: cupê, 2 portas, 4 lugares
  • Dimensões: comprimento, 466 cm; largura, 172 cm; altura, 132 cm; entre-eixos, 261,3 cm; peso, 1.360 kg
  • Desempenho: 0 a 100 km/h em 8,4 segundos; velocidade máxima de 204 km/h

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da nova edição de quatro rodas? clique aqui e tenha o acesso digital.

Clássicos: Toyota Supra, a formação de um ícone da escola japonesa
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.