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Clássicos: Toyota Supra, a formação de um ícone da escola japonesa

Sempre impulsionado por motores de seis cilindros em linha, ele evoluiu de um pacato Gran Turismo a um dos esportivos mais respeitados do mundo

Por Felipe Bitu
26 jun 2020, 07h00
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  •  (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Esta versão acelerava de 0 a 100 km/h em 8,4 s (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Apresentado em 1970, o Toyota Celica foi essencial para consolidar a imagem da montadora no mundo todo.

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    Com estilo inspirado no Ford Mustang, o cupê de quatro cilindros era prático e confiável, mas ficava bem atrás do rival Nissan Fairlady Z em desempenho.

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    A situação só foi revertida em 1978, ano em que recebeu um motor de seis cilindros e a denominação Celica XX.

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    Rebatizado Celica Supra, o cupê invadiu o mercado norte-americano no ano seguinte com as mesmas proporções básicas do Celica GT Liftback de quatro cilindros: quem conhece o modelo logo identifica os quatro faróis retangulares e o capô alongado para acomodar o motor de seis cilindros 4M-E de 2,6 litros e 110 cv.

    Os japoneses contavam com o ME-U 2.0 de 123 cv. Esses motores, alimentados por injeção eletrônica Bosch, eram uma evolução do 3M usado no curvilíneo Toyota 2000GT.

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    Entre os equipamentos de série estavam freios a disco nas quatro rodas, direção hidráulica e ar-condicionado. Havia opção de teto solar, estofamento de couro e câmbio automático de quatro marchas.

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    A frente longa acomodava o 6-cilindros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Em 1981, o motor 4M-E foi substituído pelo 5M-E de 2,8 litros e 117 cv, pouco antes da segunda geração surgir, em 1982. Totalmente redesenhado, o Celica Supra recebeu faróis escamoteáveis e duas versões de acabamento: a luxuosa L-Type e a esportiva P-Type.

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    O acerto dinâmico ficou a cargo da inglesa Lotus, com destaque para a suspensão traseira com estrutura independente por braços semiarrastados.

    O rendimento melhorou: a potência era de 145 cv tanto no motor 5M-GE de 2,8 litros americano quanto no motor M-TEU de 2 litros com turbo vendido no Japão.

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    A aceleração de 0 a 100 km/h era realizada em cerca de 9 segundos, bom número para a época. O câmbio automático de quatro marchas passou a contar com bloqueio do conversor de torque.

    O Supra tornou-se independente do Celica em 1986. A terceira geração manteve a tração traseira e adotou quatro válvulas por cilindro nos motores 7M-GE de 3 litros e 200 cv e, em 1987, o 7M-GTE turbo de 3 litros e 230 cv.

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    Em 1985, o motor 2.8 tinha 161 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O mercado japonês recebia motores de 2 litros: o 1G-GEU de 160 cv e o 1G-GTE biturbo de 210 cv. O lendário 1JZ-GTE apareceu em 1990, com 2,5 litros, 2 turbos e 276 cv.

    O avanço tecnológico era evidenciado pela oferta de freios ABS e pelo controle eletrônico da suspensão (com braços duplos sobrepostos nas quatro rodas).

    Esta oferecia dois modos de condução e aumentava a carga dos amortecedores automaticamente em acelerações bruscas, frenagens repentinas ou quando o veículo se aproximava dos limites de aderência.

    O ponto mais alto na carreira do Supra ocorreu em 1993 com a chegada da quarta geração.

    A Toyota sabia que a indústria automobilística japonesa estava em seu momento de maior prestígio no mundo todo e por isso dotou o Supra de um potencial capaz de ofuscar a presença de ícones como Honda NSX, Mitsubishi 3000 GT, Nissan 300 ZX e Mazda RX-7.

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    Pedais, banco e volante eram bem alinhados (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    No Japão, o Supra era impulsionado pelos motores 2JZ-GE (3 litros e 220 cv) e 2JZ-GTE (3 litros, biturbo e 276 cv). No mercado de exportação, o 2JZ-GTE recebia modificações nas turbinas e no sistema de alimentação para chegar à potência máxima de 321 cv.

    Pesando 90 kg a menos, esse Supra tornou-se um supercarro capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos e de superar os 280 km/h de velocidade.

    A máxima era limitada a 180 km/h no Japão e 250 km/h em outros mercados. A linearidade do 2JZ-GTE era devido ao funcionamento sequencial de duas turbinas assimétricas.

    A de menor inércia garantia respostas desde as rotações mais baixas, enquanto a maior entrava em ação a partir das 4.000 rpm. A tração chegava às rodas traseiras orientadas por um câmbio Getrag de seis marchas.

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    O acabamento reunia luxo e esportividade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Superdimensionado, o Supra foi o favorito das oficinas de preparação, frequentemente superando os 800 cv.

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    Leis de emissões cada vez mais rígidas e alto custo de produção determinaram seu fim nos EUA em 1998: a última unidade deixou a fábrica de Motomachi em 2002. O carisma de seu nome levaria quase duas décadas para ser resgatado.

    Desenvolvido em parceria com a BMW, o Supra finalmente retornou em 2019, figurando como uma das maiores atrações do Salão de Detroit.

    Apesar de suas virtudes, muitos puristas ainda torcem o nariz para a quinta geração: o novo Supra compartilha a mesma plataforma com o roadster Z4 e agora é produzido na Áustria pela Magna Steyr.

    Ficha Técnica – Toyota Celica Supra 1985

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