Faz 6 anos que o MP4-12C deu início a uma verdadeira linhagem de esportivos da McLaren – o F1, da década de 1990, foi um filho único na época. Agora, para substituir sua versão reestilizada, o 650S, surge o novíssimo McLaren 720S, que estreia a nova identidade de design da marca e uma nova carroceria monocoque em fibra de carbono chamada Monocage II.
A fibra de carbono é envolvida pelos painéis de alumínio que definem o design do modelo. De acordo com a fabricante inglesa, a ideia foi renovar o design e ao mesmo tempo melhorar as características dinâmicas carro. As novas tomadas de ar melhoram o arrefecimento do carro em 15% e a cabine, que lembra muito a do Pagani Huayra, oferece maior visibilidade.
A McLaren diz que o 720S é um novo carro que vai peitar os Lamborghini Aventador S e Ferrari 812 Superfast. Para não dar com a língua nos dentes, precisou atualizar o conhecido motor V8 3.8 Twin-turbo. Ele foi transformado em um 4.0 com 41% dos componentes internos novos e turbocompressores twin-scroll.
Os esforços parecem ter compensado. São 720cv e 78,5 mkgf de torque máximo, controlados pela transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas, que foi mantida. É o que basta para fazer o 720S chegar aos 100 km/h em 2,9 segundos. Para chegar aos 200 km/h são 7,8 segundos e a velocidade máxima é de 341 km/h.
O McLaren 720S tem detalhes que empolgam qualquer entusiasta. Imagine-se em uma garagem escura vendo o carro te dar boas vindas abrindo os espelhos retrovisores, acendendo as luzes de seta em sequência e iluminando o motor em vermelho enquanto você se aproxima. Pois ele faz isso.
E tem mais: o quadro de instrumentos é retrátil. A tela de LCD com informações completas dobra-se para dentro e passa a mostrar apenas o necessário para acelerar em um autódromo: o conta-giros em sequência de LEDs, a marcha em uso, a temperatura do óleo e de motor e a pressão dos pneus. Mais nada, sem distrações.
Outro detalhe legal do esportivo é o aerofólio traseiro. Ele se arma em menos de meio segundo e pode funcionar como freio aerodinâmico em frenagens de alta velocidade. Também há um controle eletrônico para drifts e sistema de controle de chassi de segunda geração, com algoritmos desenvolvidos pela Universidade de Cambridge.