Volkswagen Tayron, guarde bem este nome. O SUV grande é o destaque do estande da marca no Salão de Paris, onde faz sua primeira aparição em público no ocidente – afinal, já havia aparecido no Salão de Pequim, em Abril, como Tiguan L Pro. Sim, trata-se de um projeto chinês e virá ao Brasil.
Segundo a Mobiauto, o SUV deverá ser produzido na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP) nos próximos anos. O presidente da marca, Ciro Possobom, durante evento realizado na última segunda-feira (14), confirmou que o Tayron deve chegar ao Brasil, mas não comentou sobre a fabricação nacional.
O VW Tayron seria um dos 16 novos carros que a marca lançará até 2028. Deles, dois inéditos serão fabricados na unidade da Anchieta em São Bernardo do Campo (SP). Ambos serão modelos maiores e híbridos, construídos sobre a plataforma MQB. O Tayron se encaixa em todas estas definições e teria, justamente, o objetivo de substituir o Tiguan.
Mesmo substituindo o Tiguan em diversos mercados, o Tayron é maior e seu porte impressiona. Ele tem 4,77 metros de comprimento, 1,85 m de largura; 1,66 m de altura e 2,79 m de entre-eixos. Pode ter sete lugares, uma forma de aproveitar melhor seu entre-eixos 12 cm mais longo que o de um Taos.
No estande em Paris há apenas as versões cinco lugares. Isso explica o porta-malas com generosos 885 litros. Ao vivo a impressão é que há até mais espaço. A mesma impressão se repete no banco traseiro, onde mesmo um adulto bem alto consegue cruzar a perna.
A vida a bordo é privilegiada também pela quantidade de telas em alta definição. O painel do Tayron tem arquitetura horizontal contínua. No primeiro nível está o “Digital Cockpit Pro”, quadro de instrumentos digital com tela de 10,25 polegadas.
Com quase nenhum botão físico no console, as funções são controladas pelo visor central, que pode ter até 15 polegadas (dependendo da versão). As duas unidades expostas exibiam a tela maior e impressiona pela definição. Há até um assistente de voz integrado ao ChatGPT. Na versão chinesa, o passageiro teria uma tela dedicada, mas no europeu apenas exibe pontos de luz no local.
No mercado francês, o Tayron terá quatro opções de motorização, Inicialmente, estará disponível apenas com tração dianteira, embora versões com tração integral sejam vendidas em outros mercados. A versão de entrada é equipada com um motor 1.5 eTSI, combinado com um sistema híbrido leve de 48 Volts, gerando 150 cv de potência.
Há também uma versão com motor 2.0 turbodiesel, com a mesma potência, e duas opções híbridas plug-in baseadas no motor 1.5 eHybrid, com potências de 204 cv e 272 cv. Essas versões são equipadas com uma bateria de 19,7 kWh, oferecendo mais de 100 quilômetros de autonomia em modo totalmente elétrico, segundo a marca.
Esse motor 1.5 eTSI também já está confirmado para o Brasil, mas sua produção em São Carlos (SP) não começará ainda em 2025. O Nivus GTS, por exemplo, ainda será lançado com o motor 1.4 TSI com os mesmos 150 cv. Na verdade, o Tayron nacional poderia estrear o 1.5 TSI no Brasil.
O Tayron se destaca pela grade frontal extensa, que combina com elementos no para-choque traseiro, além de um conjunto óptico em led.
Em todas as versões, o logotipo VW e a parte superior dos dois frisos transversais da grade do radiador em vidro se iluminam quando as luzes estão ligadas. A barra transversal de led forma uma faixa de luz visualmente contínua com as faixas de luz diurna de led também dispostas transversalmente nos faróis.
Para as luzes traseiras, é possível escolher entre três animações de led diferentes e a janela traseira se estende por quase toda a largura do Tayron, estando emoldurada lateralmente por elementos cromados concebidos como defletores de ar para reduzir a turbulência na parte traseira e, portanto, melhorar a aerodinâmica e a estabilidade.
Na Europa, o Tayron tem lançamento previsto para março de 2025, com pré-venda começando em dezembro. O modelo será oferecido em quatro versões, com preços variando de 49,8 mil a 68,6 mil euros, equivalentes a aproximadamente R$ 305.000 a R$ 420.000, respectivamente. Vale ressaltar que o motor híbrido plug-in mais potente não é compatível com a configuração de sete lugares, pois a bateria ocupa o espaço sob o assoalho traseiro.