Como Renault Kwid E-Tech tentará ser primeiro elétrico acessível do Brasil
Em pré-venda até julho, Renault Kwid elétrico custa bem mais caro, mas promete inverter o jogo ao longo dos anos enquanto se mostra ideal para cidades
O Renault Kwid E-Tech foi apresentado nesta quinta-feira (14) com potencial de fazer história. Novo carro elétrico mais barato do Brasil, o subcompacto recebeu um banho de loja e se rendeu às baterias, custando R$ 142.990 em pré-venda que vai até julho.
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Obviamente não é barato, mas a montadora quer convencer os consumidores a olharem para o futuro, eventualmente concluindo que a conta fecha. Isso porque o novo Kwid E-Tech é oito vezes mais econômico e tem manutenção 50% mais barata que o modelo a combustão.
Com motor exclusivo do Brasil de 65 cv e 11,5 kgfm, o Kwid elétrico é feito para deslocamentos urbanos, e isso limita bastante seu público-alvo. Segundo a Renault, o carro é atrativo para quem busca novas tecnologias e sustentabilidade, topando pagar preço de SUV médio por um carro pequeno. A francesa também foca em frotistas e famílias com mais de um carro como potenciais compradores.
Ligeiro
Nesse último caso, o Kwid seria o carro para deslocamentos na cidade, substituindo o papel que seria de um SUV na mesma faixa de preço. É uma estratégia possível, considerando a autonomia de 298 km (Inmetro) e a proposta de que o carregamento seja feito principalmente à noite, em casa.
Nas tomadas convencionais, são 8h57 para carregar a bateria de 15% a 80%, enquanto wallboxes cumprem o serviço em 2h54. O modelo, claro, também funciona com a rede de eletropostos que cresce no Brasil e pode fazer essa recarga em tão pouco quanto 40 minutos.
A potência não impressiona, mas o torque instantâneo promete fazer do Kwid bem ágil no para e anda urbano. O carro vai de 0 a 50 km/h em 4,1 s, enquanto o 0 a 100 km/h é feito em 14,6 s. A velocidade máxima é de 130 km/h, mas a autonomia pode diminuir drasticamente caso o motorista queira andar rápido nas rodovias.
Promessa de vida fácil
Para agradar consumidores acostumados com modelos mais caros, o Kwid também ganhou um banho de loja, com novas pinturas, grade frontal própria e rodas inéditas, agora com quatro furos devido à força extra. Um detalhe importante é que o modelo elétrico leva apenas quatro ocupantes adultos.
Outra preocupação com novatos no mundo elétrico diz respeito à manutenção, que, além de bem mais barata, poderá ser feita em qualquer concessionária Renault no Brasil. Também haverá compartilhamento de peças entre as versões 1.0 e elétrica.
Em caso de problemas mais graves, a montadora recorrerá a algumas dezenas de centros especializados na gama E-Tech. Ponto de preocupação, as baterias estão separadas em módulos de forma que, havendo algum dano, é possível trocar apenas a parte danificada, de um total de doze.
Preço e prazos
O preço de R$ 142.990 é promocional e vai até julho, quando o Kwid E-Tech será efetivamente lançado, em versão única para passageiros. A modalidade de assinatura também está disponível através do Renault On Demand, com 1.000 km mensais.
Nesse caso, a mensalidade do carro será de R$ 3.339, no contrato de 48 meses. O cliente ainda poderá escolher por dar uma entrada de R$ 9.990 e reduzir a mensalidade para R$ 2.999. Um caminho inverso é optar por planos de 12, 24 ou 36 meses, mais caros à medida que o tempo de assinatura diminui.